Nove em cada 10 portugueses consideram que o país deveria investir mais em renováveis

  • 18 outubro 2021, segunda-feira
  • Energia

Nove em cada dez portugueses consideram que o país deveria investir mais em energias renováveis, conclui um estudo sobre “Notoriedade e Imagem das Energias Renováveis” realizado pela Marktest para a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

O estudo, realizado durante o mês de setembro, envolveu mais de mil entrevistas, realizadas por todo o país, em regiões urbanas e rurais. Em relação às energias limpas, 88 por cento dos inquiridos considerou que se deverá fazer uma aposta em fontes de energia renovável em detrimento de combustíveis fósseis, e mais de 52 por cento referiu que o uso de energias renováveis reduz o preço de venda da eletricidade.

“Cerca de 60 por cento dos inquiridos são da opinião de que Portugal está a fazer pouco para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, e só 30 por cento acredita que o país está a mobilizar esforços suficientes rumo à descarbonização em 2050”, lê-se no comunicado divulgado pela APREN.

A energia solar e a eólica são as mais conhecidas pelos portugueses dentro do universo das renováveis, alcançando uma notoriedade superior a 95 por cento, seguidas da energia hídrica e da proveniente das marés. Menos conhecidas são a energia geotérmica, a biomassa e também o biogás, sendo que, de acordo com estudo, apenas cinco em cada dez portugueses já ouviram falar destas fontes.

Apesar disso, no que toca à preponderância de cada uma das tecnologias, a energia eólica é erradamente percecionada como sendo a mais utilizada por 40 por cento dos inquiridos, com apenas 27 por cento a eleger a resposta correta, a energia hídrica. A energia solar é também a primeira escolha de 28 por cento.

O estudo revela ainda que mais de 85 por cento dos inquiridos concordam que as renováveis contribuem positivamente para a diminuição de emissões de gases de efeito de estufa e para minimizar as alterações climáticas e o seu impacto.

Ao mesmo tempo que há um apoio generalizado a um maior investimento em renováveis, 60 por cento dos inquiridos são da opinião de que Portugal está a fazer pouco para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Por outro lado, 30 por cento acredita que o país está a mobilizar esforços suficientes rumo à descarbonização em 2050.

A “esmagadora maioria” considera que o combate às alterações climáticas deve ser uma área prioritária de atuação do governo português e apoia a ideia de que a meta europeia e nacional para a descarbonização da economia até 2050 foi uma decisão de grande relevância.

Nem todos concordam com o aumento de impostos sobre os combustíveis mais poluentes de forma a desincentivar o seu uso, mas 59 por cento da população diz ser favorável a esta estratégia.

Para 61 por cento dos inquiridos, o investimento efetuado nas renováveis é sobretudo privado.

No que diz respeito ao autoconsumo, 87 por cento disse não dispor, e apenas 20 por cento tenciona ter no futuro, embora 95 por cento da população concorde que deveriam existir incentivos ou apoios públicos para a aquisição e instalação de painéis solares térmicos e fotovoltaicos nas residências dos portugueses.

Já no que à eficiência energética diz respeito, 84 por cento afirmou já ter adotado medidas deste género em sua casa, com 90 por cento a referir que alterou as lâmpadas para LED, 87 por cento a mencionar que adquiriu eletrodomésticos mais eficientes e 71 por cento a referir que não deixa os seus aparelhos em standby.

Os portugueses entrevistados revelam ainda ter um conhecimento aprofundado do que consta da sua fatura da eletricidade, com mais de 80 por cento a garantir conhecer parcial ou totalmente as rubricas que compõem a conta da eletricidade.

Quanto ao preço da eletricidade, 91 por cento dos inquiridos considera que a fatura é cara e mais de 80 por cento acredita mesmo que o preço da eletricidade em Portugal é mais elevado do que a média europeia.

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