A importância da hidroelectricidade na produção eléctrica nacional

Fotografia: Dan Meyers_Unsplash

Actualmente, dados de 2022, nos Estados Unidos da América a hidroelectricidade representa entre 6 % e 8 % do total da electricidade produzida, dependendo das condições hidrológicas de cada ano, e cerca de 29 % do total de electricidade produzida por fontes renováveis. Por outro lado, os aproveitamentos hidroeléctricos representam uma capacidade de armazenamento de energia de cerca de 80 % da capacidade disponível (USHMR, 2023; IHA, 2023).

Na União Europeia, igualmente dados de 2022, a hidroelectricidade é responsável pela produção de cerca de 12 % do total de electricidade produzida e representa, sensivelmente, 30 % da electricidade produzida através de fontes renováveis (EC, 2023; IHA, 2023). Em Portugal, o primeiro aproveitamento hidroeléctrico entrou em funcionamento no final do século XIX, concretamente em março de 1894, e turbinava as águas do rio Corgo, no Poço do Aguieirinho, próximo de Vila Real, possuindo uma potência instalada de 120 kW (Hidroerg, 2024).

Com o processo de electrificação de Portugal, nomeadamente a partir de 1920, através de sistemas regionais e de centrais hidroeléctricas de média dimensão, a produção hidroeléctrica assumiu uma dimensão mais expressiva, sobretudo a partir de 1950, com o início da construção e operação de grandes centrais hidroeléctricas, de entre as quais se destacaram, nessa época, as de Venda Nova, Castelo do Bode, Cabril, Picote e Miranda (Hidroerg, 2024).

Actualmente, dados de 2023, a potência hidroeléctrica instalada é da ordem de 8 000 MW, correspondendo mais de 7 000 MW a aproveitamentos de grande dimensão e, sensivelmente, 700 MW a aproveitamentos de pequena dimensão, as denominadas pequenas centrais hidroeléctricas ou mini-hídricas, com potência instalada igual ou inferior a 10 MW. A estes valores haverá que acrescentar os valores de potência instalada para bombagem, que correspondem, actualmente, a aproximadamente 3 600 MW.

A produção de hidroelectricidade depende, no essencial, da potência instalada, do rendimento e do tempo de operação, sendo que a primeira é função do caudal e da queda útil. (...)

Por Pedro Coelho, Universidade Nova de Lisboa, MARE; Manuel Teixeira de Almeida, Universidade Nova de Lisboa, MARE; e Francisco Ribeiro Telles, EDP

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº145 mar/abr 2024, dedicada ao tema 'Energia: o impacto das energias renováveis em Portugal'

Newsletter Indústria e Ambiente

Receba quinzenalmente, de forma gratuita, todas as novidades e eventos sobre Engenharia e Gestão do Ambiente.


Ao subscrever a newsletter noticiosa, está também a aceitar receber um máximo de 6 newsletters publicitárias por ano. Esta é a forma de financiarmos este serviço.