As partículas ultrafinas na envolvente de aeroportos

Fotografia:gary-lopater-dOOGrK3zcUc-unsplash

O Instituto Nacional de Saúde Pública e Ambiente dos Países Baixos (RIVM), efetuou um estudo sobre partículas ultrafinas em redor do aeroporto Schiphol em Amesterdão, tendo depois extrapolando os resultados para os 32 aeroportos mais movimentados da Europa. A extrapolação assume que as partículas ultrafinas aumentam linearmente com o tráfego aéreo e que esta poluição se espalha de forma uniforme em redor de cada aeroporto...

O RIVM efetuou medições nas imediações do aeroporto, verificando concentrações entre 4.000 e 30.000 partículas/cm3 no raio de 5 km ao seu redor, 3.000 a 6.000 partículas/cm3 no raio 5-10 km e 1.000 a 4.000 partículas/cm3 no raio 10-20 km, números em consonância com campanhas de medição recentes em torno dos aeroportos Paris Charles de Gaulle e de Copenhaga.

As concentrações de partículas ultrafinas nos centros das cidades sem influência de aeroportos, incluindo do tráfego rodoviário e de outras fontes, podem variar entre 3.000 e 12.000 partículas/cm3, o que realça a importante contribuição dos aeroportos neste tipo de poluição.

O RIVM encontrou uma forte associação entre a exposição de longo-prazo às partículas ultrafinas e casos de diabetes, hipertensão e demência...

Por Francisco Ferreira, Professor universitário CENSE/ FCT Nova
Artigo completo na Indústria e Ambiente nº147 jul/ago 2024

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