Grande maioria dos gasodutos europeus pronta para conversão para hidrogénio

• 06 janeiro 2022, quinta-feira
• Energia

Noventa e seis por cento do sistema europeu de gasodutos de distribuição está pronto para uma conversão para hidrogénio, concluiu um estudo do projeto Ready4H2, no qual participou a Galp Gás Natural Distribuição (GGND).

“Um estudo produzido pelo projeto Ready4H2 (Ready for Hydrogen), em que participa a GGND, conclui que a larga maioria (96 por cento) dos gasodutos europeus de distribuição de gás, que abastecem 67 milhões de lares, empresas e indústrias, já estão prontos para o transporte de hidrogénio”, informou a GGND, em comunicado.

A Ready4H2 é uma aliança com 91 distribuidoras de gás europeias, de 16 países, lançada oficialmente no dia 20 de outubro 2021 e com duração prevista até março 2022, que elaborou o seu primeiro relatório sobre a real capacidade de as redes de distribuição de gás europeias suportarem a construção de um mercado de hidrogénio, alinhado com as metas da União Europeia de reduzir as emissões de dióxido de carbono em 55 por cento até 2030.

“Constatámos, em termos económicos, que é quatro vezes mais barato transportar hidrogénio por gasoduto do que por camião, o que justifica um forte investimento nas redes locais de gás”, afirmou o presidente da Ready4H2, Peter Kristensen, citado na mesma nota.

O estudo observou também que, “apesar do demonstrado potencial do hidrogénio, existem ainda uma série de barreiras tecnológicas, comerciais, públicas, regulamentares e organizacionais, que continuam a impedir a conversão das redes de gás para transporte de hidrogénio”.

Daquelas barreiras fazem parte as “incertezas relacionadas com o preço e os volumes do mercado de hidrogénio, a falta de sensibilização do público para os benefícios da descarbonização por via deste vetor energético e de apoio às operadoras da rede de distribuição”, apontou a entidade.

Para solucionar aqueles problemas, o relatório apontou a necessidade de um mandato operacional mais forte para as redes locais de gás a nível europeu e de maior flexibilidade operacional a nível nacional e local para agilizar a adaptação das soluções de hidrogénio.