Faro é a terceira cidade europeia com ar mais limpo

  • 30 agosto 2024, sexta-feira
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Fotografia: Câmara Municipal de Faro

Um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) informa que as cidades Uppsala e Umeå, na Suécia, e Faro, em Portugal, são as três cidades europeias onde o ar é mais limpo.

De acordo com o mesmo relatório, três em cada quatro europeus vivem em zonas urbanas e a maioria deles está exposta a níveis inseguros de poluição atmosférica. Assim, melhorar a qualidade do ar para os níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) poderá reduzir significativamente as mortes prematuras causadas pela poluição atmosférica.

A AEA classificou 375 cidades, das mais limpas às mais poluídas, com base nos níveis médios de partículas finas (PM2,5). Os dados foram recolhidos junto de mais de 500 estações de monitorização em locais urbanos dos países membros do Espaço Económico Europeu (EEE) durante os últimos dois anos civis, 2022 e 2023.

O relatório mostra que apenas 13 cidades europeias tinham concentrações médias de partículas finas abaixo do nível de orientação de saúde da OMS de 5 microgramas por metro cúbico de ar (5 μg/m3). Estas cidades incluem quatro capitais do norte: Reykjavik, Tallinn, Estocolmo e Helsínquia.

Para além de Faro (terceiro lugar), com 3,6 μg/m3, as outras cidades portuguesas analisadas foram Funchal (oitavo lugar), com 4,4 μg/m3, Lisboa (38º lugar), com 7,0 μg/m3, e Sintra (104º lugar), com 8,6 μg/m3.

No fundo da tabela estão as cidades de Slavonski Brod, na Croácia, com 26,5 μg/m3, Nowy Sacz, na Polónia, com 24,0 μg/m3, e Cremona, na Itália, com 23,3 μg/m3.

O plano de ação para a poluição zero do Pacto Ecológico Europeu estabelece uma meta para 2030 de redução das mortes prematuras causadas por partículas finas em pelo menos 55 por cento, em comparação com os níveis de 2005, e uma meta a longo prazo de ausência de impactos significativos na saúde até 2050.

No início deste ano, as instituições da União Europeia (UE) chegaram a acordo sobre uma proposta de atualização das diretivas relativas à qualidade do ar ambiente, com o objetivo de alinhar as normas de qualidade do ar da UE com os níveis de orientação da OMS e ajudar a cumprir os objetivos do plano de ação para a poluição zero.

O visualizador da qualidade do ar das cidades europeias fornece uma indicação sobre a qualidade do ar típica nas cidades europeias nos últimos dois anos. O visualizador concentra-se nas concentrações de PM2,5 a longo prazo, uma vez que é o poluente atmosférico com maiores impactos negativos na saúde.

A AEA pretende publicar ainda este ano uma análise sobre os impactos da poluição atmosférica nos ecossistemas e na saúde humana, incluindo estimativas sobre mortes e problemas de saúde que podem ser atribuídos à má qualidade do ar.

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