Desperdício Alimentar na MC: enquadramento e combate

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O combate ao desperdício é um tema ”top of mind” na MC desde sempre, porque somos uma empresa frugal, cujo negócio assenta muito na eficiência e na minimização dos custos e, simultaneamente, o combate ao desperdício de alimentos é um dos pilares da estratégia de sustentabilidade da empresa.

Todos os dias, grandes quantidades de alimentos que poderiam ter sido consumidos são desaproveitados. A quantidade de produtos alimentares desperdiçados representa uma fração considerável dos resíduos urbanos produzidos. Este é um problema demasiado sério que implica o bem-estar de todos nós. O desperdício alimentar não representa apenas perdas económicas, mas também é responsável pela delapidação dos recursos naturais dos quais a humanidade depende para viver.

Genericamente, é considerado desperdício alimentar qualquer não aproveitamento de alimentos que ainda tenham valor, tal como deixar passar o prazo de validade, comprar em demasia ou não reaproveitar a comida que sobra. Um dos compromissos assumidos na MC é a redução do desperdício alimentar em 50 % até 2028 (base 2020), antecipando em dois anos a meta legal imposta pela União Europeia para 2030.

Principais origens do desperdício alimentar

A MC procura sempre ir de encontro às necessidades dos seus clientes, sendo um dos seus objetivos que o último cliente do dia tenha acesso à mesma variedade de produtos e com a mesma qualidade oferecida ao primeiro cliente. Este objetivo obriga a uma exposição constante de artigos mesmo em momentos de menor afluência à loja. Uma quota parte destes artigos é considerada ”produto do dia”, por forma a garantir a maior frescura possível para o cliente e simultaneamente segurança alimentar, o que significa que não poderão estar novamente expostos no dia seguinte, criando pressão na geração de desperdício.

Atualmente, aproximadamente 70 % do desperdício alimentar da MC advém de artigos mais perecíveis, isto é, artigos ”frescos”, onde se incluem produtos de talho, peixaria, charcutaria, queijos, frutas, legumes, padaria, pastelaria e take away. Esta participação resulta, em grande parte, do não escoamento deste tipo de artigos, em consequência das suas validades mais curtas. De referir ainda que a área do ”alimentar” (FMCG - fast-moving consumer goods) da MC tem igualmente produtos com perecibilidade considerável, como por exemplo, iogurtes, leite fresco e ovos.

Outro dos pontos fulcrais na MC é a proposta de valor associada à variedade de artigos, bem como à inovação, atendendo às diferentes preferências dos clientes, cada vez mais exigentes. Contudo, este posicionamento estratégico poderá ser potenciador de alguns excedentes, uma vez que não é possível ter, permanentemente e de uma forma totalmente assertiva, um equilíbrio entre a procura e oferta.

Por conseguinte, existe na MC um foco permanente em ter nas suas lojas a melhor proposta de valor com um alinhamento constante entre todas as partes envolvidas na cadeia de abastecimento, minimizando assim o desperdício alimentar.

Principais instrumentos de combate aos excedentes alimentares na MC

NA MC A melhor forma de combater o desperdício é prevenindo-o. A prevenção é, portanto, uma das grandes prioridades da MC, recorrendo às melhores práticas ao nível do aprovisionamento, do merchandising, da reposição, da gestão das validades, entre outras.

Por sua vez, a equipa de Loss Prevention da MC desempenha um papel essencial na prevenção e redução do desperdício alimentar, atuando de forma estratégica e colaborativa com as várias áreas do negócio, tendo por base ferramentas de business intelligence. (...) 

Por António Simões, MC Sonae
Area Leader, Proteção de Ativos (Desenvolvimento Operações)

Leia o artigo completo na Indústria Ambiente nº 150 jan/fev 2025, dedicada ao tema "Desperdício alimentar". 

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