“Água que une” apresentada ontem

  • 10 março 2025, segunda-feira
  • Água

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FONTE: WEI+ ATUAL, PGRH DO 3º CICLO, APA, 2024

“Água que Une" é a Estratégia Nacional de Gestão da Água, e foi ontem  oficialmente apresentada pelo Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, acompanhado pela Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes. Este plano visa assegurar a gestão sustentável dos recursos hídricos de Portugal nos próximos 15 anos, com a implementação de um conjunto de ações e investimentos. Das cerca de 300 medidas agora apresentadas, algumas já estão em curso, outras em estudo.

A estratégia foi desenvolvida por um grupo de trabalho constituído em julho de 2024 e formado por entidades como o Grupo Águas de Portugal, a Agência Portuguesa do Ambiente e a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva. Surge após um diagnóstico detalhado da situação hídrica atual no país. De acordo com as previsões, Portugal dispõe anualmente de cerca de 51 mil milhões de metros cúbicos (m³) de água, dos quais 4 324 milhões de m³ são captados. No entanto, até 2040, espera-se uma redução de 6 % nas disponibilidades hídricas, enquanto os consumos deverão aumentar em 26 %.

O plano delineado pelo Governo inclui cerca de 300 medidas que visam melhorar a eficiência, resiliência e inteligência na gestão da água. As medidas propostas têm o potencial de aumentar em mais de 1000 milhões de m³ a disponibilidade de água para todos os usos no território nacional. Entre as principais iniciativas estão a redução de perdas nas redes de abastecimento e rega, a reabilitação de reservatórios e o aproveitamento de águas residuais tratadas, além da criação de reservas estratégicas de água e da adaptação aos efeitos das alterações climáticas.

A estratégia divide-se em nove grandes planos estruturantes: um programa nacional para a Redução de Perdas de Água; o programa para a Reutilização de Água Residual Tratada; o programa para a inovação e Digitalização do Ciclo da Água; o Plano para a Reabilitação e o Restauro de Rios e Ribeiras; o programa para o Reforço do Armazenamento de Água; o programa para a eficiência dos empreendimentos hidroagrícolas; o programa para gerir o Abastecimento ao polo industrial de Sines; e o programa para a Resiliência Hídrica do Alentejo.

Uma das prioridades da estratégia será a resiliência hídrica em regiões como o Algarve e o Alentejo, fortemente afetadas pela seca e escassez de água.  a construção de novas barragens, interligação, charcas, reservatórios de água, reabilitação e modernização das redes, estão entre as ações concretas previstas para garantir um abastecimento estável para a população e os setores agrícola e industrial.

A estratégia prevê um investimento de cerca de 5 mil milhões de euros, dos quais 2 mil milhões estão assentes em fundos europeus.

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