Agravamento da seca extrema em Portugal continental no final do junho
- 08 julho 2022, sexta-feira
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Mais de um quarto do território do continente estava no final de junho em seca extrema (28,4 por cento), verificando-se um aumento em particular na região Sul e em alguns locais do interior Norte e Centro, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O restante território estava em seca severa (67,9 por cento) e seca moderada (3,7 por cento).
No último dia do mês de maio, 97,1 por cento do território estava em seca severa, 1,5 em seca moderada e 1,4 em seca extrema.
Numa comparação com outros anos de seca, disponibilizada no boletim climatológico, verifica-se que no final do mês de junho dos anos de 2012 e de 2005 havia 56 por cento e 64 por cento de seca extrema, respetivamente.
O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
Além do índice de seca, o Boletim Climatológico do IPMA indica que o mês de junho classificou-se como quente e seco.
Os valores médios da temperatura média, da máxima e da mínima foram em junho superiores ao normal.
O IPMA adiantou também no relatório que o valor médio da quantidade de precipitação em junho, 22,1 milímetros, foi inferior ao valor normal 1971-2000, correspondendo a 69 por cento.
No final de junho os valores de percentagem de água no solo continuavam muito baixos em todo o território e em especial na região interior Norte e Centro, no vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
“De realçar os distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Beja e Faro com valores inferiores a dez por cento e em muito locais iguais ao ponto de emurchecimento permanente”, destacou o IPMA.
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