Zero: recolha de resíduos elétricos e eletrónicos está em colapso
A Zero denunciou hoje que as entidades gestoras de resíduos elétricos e eletrónicos falham “clamorosamente” as metas de recolha, havendo mesmo um caso em que a recolha foi inferior a 2 por cento em 2019, face a uma meta de 65 por cento.
No Dia Internacional dos Resíduos Elétricos, celebrado a 14 de outubro, a associação ambientalista afirmou que Portugal está muito longe das metas estabelecidas a nível comunitário e exige a cassação das licenças das entidades incumpridoras.
“Em 2018, apenas foram recolhidos 35 por cento dos REEE [Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos], quando a meta era de 45 por cento enquanto que em 2019 e 2020 a situação se agravou, com uma recolha no máximo de 26 por cento e 31 por cento, respetivamente, quando a meta já era de 65 por cento”, lê-se em comunicado divulgado pela Zero.
A associação considera que estes são “dados dececionantes” que vêm dar razão aos alertas que fez anteriormente sobre o colapso do sistema de recolha e tratamento destes resíduos, perigosos para a saúde.
No documento, a Zero exige a cassação das licenças de todas as entidades gestoras de REEE, alegando que não têm condições mínimas para cumprirem os objetivos para que foram criadas.
“O caso mais extremo é o da Weeecycle, entidade em que a Agência Portuguesa do Ambiente, em resposta a uma carta da Zero, depositava grandes expectativas para poder ajudar a aumentar as taxas de recolha de REEE”, referiu a associação.
A Zero indica que já requereu à Secretaria de Estado do Ambiente (SEAMB) que proceda à cassação da respetiva licença, assim como de outras entidades incumpridoras, pelo que exige ao governo uma solução alternativa.
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