Um guia para restaurar zonas ecológicas e marinhas

FOTO: Engel9 / pixabay

A WWF publicou, num relatório divulgado em março, um conjunto de 10 princípios de restauro ecológico eficaz dos ecossistemas marinhos e costeiros na União Europeia (UE). Identificar causas da degradação, definir metas e apostar no restauro passivo são algumas das ideias

O contexto é alarmante sob o ponto de vista da preservação: mais de 80 % das áreas marinhas protegidas da UE ainda permitem atividades danosas, como é o caso da mineração. Além disso, as atividades humanas levadas acabo num continente onde 40 % da população vive em zonas costeiras está a causar a destruição de habitats marinhos e costeiros, estuários e dunas.

Apesar de tudo isto, a Estratégia para a Biodiversidade 2030 tem como objetivo restaurar pelo menos 20 % das áreas marinhas degradadas até 2030, e todos os ecossistemas que precisem de restauro até 2050. Neste sentido, até 2026 todos os estados-membros têm de submeter os seus Planos Nacionais de Restauro à Comissão Europeia.

São estes os 10 princípios orientadores sugeridos pelo WWF:

- Usar estudos de base para identificar um ponto de referência para ecossistemas saudáveis e avaliação de necessidades de restauro;

- Identificar as causas estruturais da degradação, pela identificação das ameaças aos ecossistemas;

- Incrementar o diálogo regional com um mapa de conectividade e cooperação transfronteiriça;

- Priorizar o restauro passivo, ou seja, a recuperação natural dos ecossistemas quando tal é possível, sem intervenção direta;

- Definir objetivos e medidas concretas de restauro;

- Envolver os stakeholders através de governança inclusiva e comunicação aberta;

- Monitorizar o progresso para obter melhorias tangíveis;

- Desenhar as políticas de forma cuidadosa, de modo a prevenir o greenwashing;

- Assumir compromissos de longo prazo, com estratégias de não deterioração;

- Assumir estratégias ajustáveis, com uma gestão adaptativa numa era de alterações climáticas e condições que se vão alterando.

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