Uma oportunidade desperdiçada

Fotografia: Lara Jameson_Pexels

(...) Há, entretanto, claramente uma “era” antes da chegada dos fundos comunitários e outra “era” depois. É hoje muito difícil conceber uma imagem real de como estava, sob vários prismas, o nosso país nesse período antes da adesão de Portugal à União Europeia.

Podemos dizer, sem medo de errarmos, que nesses “tempos” o nosso problema foi o mesmo que agora enfrentam os responsáveis de muitos países de África, da América Latina e de outras latitudes, que já sabem muitas vezes das suas necessidades e prioridades, mas não dispõem de alternativas de financiamento de projetos, que possam, posteriormente, reembolsar as entidades financiadoras. Em suma, podem querer – como na altura muitos de nós pretendíamos – construir, desenvolver infraestruturas, mas o grande problema era o financiamento.

Regressando especificamente ao setor dos resíduos, tivemos uma década de 90 onde muito já foi preparado ao nível das entidades executoras e algo também realizado, até porque, entretanto, Portugal beneficiou das chamadas ajudas de pré-adesão, que apoiaram a elaboração de Planos Diretores de Gestão de Resíduos, Estudos de Viabilidade Técnica e Económica de diferentes Programas de Investimento e até a concretização dos primeiros projetos.

A parte final da década de 90 e os primeiros anos do século XXI foram anos frenéticos de projetos, obras, eliminação de “passivos” ambientais, construção de infraestruturas com capacidade, tecnologia e métodos de operação verdadeiramente de nível europeu. Isto passou-se nos resíduos, com Centrais de Triagem, Aterros Sanitários, Centrais de Compostagem e até Centrais de Valorização Energética, bem como Ecocentros, Estações de Transferência, modernos sistemas de contentorização, entre outros. (...)

Por Fernando Leite, administrador-delegado, Lipor

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº143 nov/dez 2023, dedicada ao tema '30 anos de Indústria e Ambiente'

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