UE ultrapassa meta de redução de consumo de energia traçada para 2020

  • 21 dezembro 2021, terça-feira
  • Energia

A União Europeia (UE) ultrapassou em 5,8 por cento a meta de 2020 de eficiência energética ao reduzir o consumo primário de energia em 25,8 por cento para as 1.236 mil toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), estando a 9,6 por cento de chegar ao de 2030 (32,5 por cento), segundo o Eurostat.

De acordo com dados divulgados pelo gabinete estatístico europeu, a UE ultrapassou, em 2020, em 52,2 Mtep, ou seja 5,8 por cento, a meta traçada para esse ano de reduzir em 20 por cento o consumo final de energia, no âmbito dos objetivos da eficiência energética.

O Eurostat destacou ainda que o consumo de energia da UE, em 2020, atingiu os níveis mais baixos desde 1990 (o primeiro ano para o qual existem dados disponíveis), o que se explica em grande parte pelos efeitos da pandemia de covid-19.

O pico de consumo foi atingido em 2006, quando o consumo de energia primária foi 15,1 por cento acima da meta de 2020.

Para chegar à meta de 2030 (redução de 32,5 por cento), os 27 Estados-membros têm ainda que baixar em 108,5 Mtep (9,6 por cento) o consumo de energia.

A Estónia foi o país que mais cortou no consumo primário de energia no ano passado face à média 2017-2019 (21,2 por cento), seguindo-se Espanha (14,8 por cento) e Chipre (13,4 por cento), com a Lituânia (0,7 por cento), a Hungria (2,5 por cento) e a Roménia (4,5 por cento) no outro extremo da tabela, sendo que todos os Estados-membros consumiram menos energia.

Portugal registou a quinta maior redução (13,2 por cento) face à média de consumo em 2017-2019.

O consumo primário mede a procura total de energia de um país, abrangendo o consumo do próprio setor energético, as perdas durante a transformação (por exemplo, de petróleo ou gás em eletricidade) e a distribuição de energia, e o consumo final pelos utilizadores finais.

A Diretiva Eficiência Energética (2012/27/UE), que entrou em vigor em dezembro de 2012, obriga os Estados-membros a fixarem objetivos indicativos nacionais em matéria de eficiência energética por forma a garantir que a UE atinja o seu objetivo central de reduzir o consumo de energia em 20 por cento até 2020 e em 32,5 por cento até 2030.

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