Renováveis pouparam 6,1 mil milhões aos consumidores de eletricidade

  • 08 setembro 2021, quarta-feira
  • Energia

As fontes de energia renováveis permitiram poupanças acumuladas de 6,1 mil milhões de euros aos consumidores de eletricidade entre 2016 e 2020, e contribuíram com 18,5 mil milhões de euros para o PIB, segundo um estudo da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

Estas são algumas das conclusões de um estudo sobre o impacto da eletricidade de origem renovável, encomendado pela APREN à consultora Deloitte.

O estudo avaliou o impacto e a contribuição entre 2016 e 2020 da eletricidade de origem renovável na fatura dos consumidores, no sistema elétrico e na economia nacional.

Assim, no período em análise, as poupanças para o consumidor de eletricidade acumuladas desde 2016 a 2020 totalizam cerca de 6,1 mil milhões de euros, gerando poupanças anuais de até 50 euros para um consumidor doméstico e de até 4.500 euros para um consumidor não-doméstico, em média.

Dos 6,1 mil milhões poupados, 2,5 mil milhões de euros correspondem aos anos de 2019 e 2020.

“É de realçar que em 2020 o valor da poupança é bastante superior por impacto da quebra do consumo devido à pandemia”, sublinhou a associação representativa das empresas de energia renovável.

O estudo indica também que a contribuição das empresas de produção de eletricidade a partir de Fontes de Energia Renovável para o Produto Interno Bruto (PIB) foi de cerca de 18,5 mil milhões de euros no período, ou seja, cerca de 3,7 mil milhões de euros por ano.

Tendo como meta o ano de 2030, a projeção indica uma contribuição anual para o PIB de 12,8 mil milhões de euros.

Em 2020, a eletricidade de fonte renovável permitiu evitar a emissão de 19,9 milhões de toneladas equivalentes de dióxido de carbono (CO2), a que corresponde uma poupança de 433 milhões de euros em licenças de emissão de CO2, concluiu a análise.

Adicionalmente, entre os anos de 2016 e 2020, a produção de eletricidade de origem renovável permitiu poupar aproximadamente 4,1 mil milhões de euros em importação de carvão e gás natural.

Já no que diz respeito à contribuição social e fiscal, prevê-se que a contribuição anual para a Segurança Social atinja, em 2030, os 1,6 mil milhões de euros, “com a possibilidade de acréscimo de até 842 milhões de euros se se verificar a aposta em hidrogénio verde e o aumento da ambição climática totalizando uma contribuição anual de 2,45 mil milhões”, indica o estudo.

Prevê-se ainda que a contribuição para o IRS entre 2020 e 2030 seja de cerca de dez mil milhões de euros e que a contribuição líquida anual de imposto de valor acrescentado atinja, em 2030, cerca de 1,9 mil milhões de euros, um valor quatro vezes superior a 2020.

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