Renováveis abastecem 72 % do consumo de eletricidade nos primeiros dez meses do ano
- 05 novembro 2024, terça-feira
- Energia
Foto Al3xanderD/ pixabay
A energia hídrica foi responsável pelo abastecimento de 30 % do consumo, a eólica por 26 %, a fotovoltaica por 10 % e a biomassa por 6 %. A produção a gás natural abasteceu 9 % do consumo, enquanto os restantes 19 % corresponderam a energia importada
Os dados são da REN, e em comparação com os primeiros 10 meses de 2023, mostram um crescimento do consumo de eletricidade de 1,9 %, ou de 2,3 %, com correção da temperatura e dias úteis. Até ao final de outubro, o consumo de gás natural registou uma queda homóloga de 21 %, com uma descida de 66 % no segmento de produção de energia elétrica e um crescimento de 3 % no segmento convencional. Globalmente, para este período, trata-se do consumo de gás mais baixo desde 2004. Em outubro, a produção renovável abasteceu 68 % do consumo, a produção não renovável 10 %, enquanto os restantes 22 % corresponderam a energia importada.
Em outubro, as condições foram particularmente favoráveis para a produção hidroelétrica e para a eólica, com os índices de produtibilidade a registarem 1,76 e 1,27, respetivamente (média histórica de 1). Já no caso da fotovoltaica, o índice de produtibilidade não ultrapassou os 0,77 (média histórica de 1), tratando-se do índice mais baixo dos registos da REN para o mês de outubro desde 2010. Neste mês, registou-se um aumento do consumo de energia elétrica, com uma variação homóloga de 3,1 %, ou 1,8 % com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês de outubro, a tendência de quebra do consumo de gás natural manteve-se, com uma descida homóloga global de 5,4 %. No segmento de produção de energia elétrica, registou-se uma queda homóloga de 47 %, parcialmente compensada pelo segmento convencional, que compreende os restantes clientes, e onde se registou um crescimento homólogo 15,7 %. O comunicado da REN informa ainda que o aprovisionamento do sistema nacional manteve-se integralmente através do terminal de GNL de Sines.
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