Renováveis abastecem 61% do consumo de energia elétrica até setembro

  • 06 outubro 2021, quarta-feira
  • Energia

A produção de energia renovável abasteceu 61 por cento do consumo de eletricidade em Portugal nos primeiros nove meses do ano, segundo dados divulgados pela REN – Redes Energéticas Nacionais.

A hidroelétrica foi responsável por 28 por cento, a eólica 24 por cento, a biomassa sete por cento e a fotovoltaica 3,7 por cento.

A produção não renovável, por sua vez, abasteceu 31 por cento do consumo, repartida por gás natural com 29 por cento e carvão com dois por cento, enquanto os restantes oito por cento corresponderam a energia importada.

Nos primeiros nove meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,13 pontos, valor que compara com a média histórica igual 1 e o de produtibilidade eólica 0,98 pontos (contra a média histórica igual 1), referiu a REN.

Em setembro, o consumo de energia elétrica ficou praticamente em linha com o verificado no mesmo mês do ano anterior, registando uma variação homóloga negativa em 0,3 por cento, ou positiva em 0,7 por cento considerando a correção dos efeitos de temperatura e do número de dias úteis.

No final do terceiro trimestre, o consumo acumulou uma variação, face ao mesmo período do ano anterior, de 1,8 por cento, ou 2,4 por cento com correção de temperatura e dias úteis.

Relativamente a 2019, registou-se uma quebra no consumo de 1,7 por cento.

No mês em análise, as condições para a produção hidroelétrica ficaram próximas do regime médio com o índice respetivo a registar 1,01 (média histórica igual 1), enquanto na produção eólica se registou um índice de produtibilidade de 1,12 (média histórica igual 1).

No mercado de gás natural, manteve-se a tendência de quebra registada nos últimos meses, com uma contração homóloga de 12 por cento em setembro, resultado de quebras de 17 por cento no mercado de produção de energia elétrica e de sete por cento no segmento convencional, que abrange os restantes consumos.

“A quebra no segmento convencional deveu-se à redução de consumo nos grandes clientes industriais”, justificou a REN.

No acumulado de janeiro a setembro, o consumo de gás natural registou, face ao período homólogo do ano anterior, uma contração de 3,5 por cento, com o crescimento de 4,2 por cento no segmento convencional a não ser suficiente para compensar a quebra de 16 por cento no segmento de produção de energia elétrica.

Relativamente ao mesmo período de 2019, registou-se um recuo de cinco por cento, acrescentou a empresa gestora das redes energéticas.

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