Reciclagem cresceu quatro por cento em 2020

A EGF, empresa responsável pelo tratamento e valorização de resíduos urbanos de 60 por cento da população portuguesa, registou no ano passado um aumento na recolha seletiva de quatro por cento face a 2019, um aumento que contrasta com o decréscimo da produção total de resíduos de cinco por cento.

De acordo com a EGF, em fevereiro de 2020, “a recolha seletiva crescia 19 por cento face ao período homólogo e tudo indicava que seria um ano de crescimentos acentuados, reflexo do investimento feito pela EGF na recolha seletiva e em campanhas junto da população”.

No entanto, com a pandemia e por força das consequências na atividade das empresas e das alterações no comportamento das pessoas, a EGF assume que os números registados são inferiores à expectativa inicial, mas mesmo assim positivos, “devido à adesão da população às campanhas de sensibilização da EGF, dando apoio à participação efetiva e crescente dos cidadãos aos hábitos de reciclar”.

Efeitos da Pandemia

A EGF destaca os efeitos da pandemia nestes resultados, dos quais se realçam a maior presença das famílias em casa que, de acordo com a empresa, é onde se recicla mais, e também por isso a deslocação da produção de resíduos para as áreas periféricas das cidades, o fecho do comércio, a quase ausência de turismo e alteração de hábitos de consumo.

Constatou-se ainda o facto de este ser um ano que em que se regista uma diminuição dos resíduos produzidos, contrariando a tendência crescente dos últimos anos.

"A reciclagem nunca parou"

“Apesar de este ter sido um ano de desafios extremos, nunca pararam os serviços das concessionárias EGF à população, nomeadamente na recolha seletiva, mas também nas centrais de triagem, pois souberam implementar soluções e adaptaram-se às novas condições, sempre com o máximo cuidado com a segurança e saúde dos seus colaboradores”, afirmou em comunicado a EGF.

A empresa responsável pelo tratamento e valorização de resíduos urbanos realçou ainda o “excelente” desempenho na recolha de recicláveis das empresas Amarsul, Suldouro e Resinorte com crescimentos superiores a 16 por cento em comparação ao período homólogo, e, em sentido inverso, as empresas Valorsul e Algar, “muito afetadas pela ausência de turismo e fecho do comércio”.

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