Quando a sustentabilidade faz mesmo a diferença
”Business can be the most powerful force for good if it only cared about the lives it touched. Corporate social responsibility should begin with the people whose lives you are trusted in your span of care”. Bob Chapman, CEO & Chairman of Barry-Wehmiller
No dia 13 de setembro de 1970, o reputado economista Milton Friedman publicou no New York Times o seu artigo histórico sob o título ”A responsabilidade social das empresas é aumentar seus lucros”. Friedman argumentou que as empresas deviam concentrar os seus esforços na criação de valor para os acionistas e estes, por sua vez, poderiam investir o seu dinheiro em qualquer causa que desejassem.
Gastos corporativos em questões sociais, argumentou Friedman, eram simplesmente gastos de dinheiro de outra pessoa – neste caso, o dinheiro dos acionistas – em algo que os acionistas não concordavam necessariamente em comprar. Como doutrina, esse pensamento moldou grande parte da gestão empresarial nas décadas subsequentes, bem como o intenso foco do mundo corporativo no valor para o acionista como medida de desempenho.
Em finais do século XX, havia um amplo consenso nos meios empresariais, principalmente de matriz anglo-americana, de que as corporações deviam ser geridas de acordo com uma filosofia frequentemente designada por primazia dos acionistas. Esta teoria defendia que as corporações eram propriedade dos seus acionistas e que os administradores deveriam fazer o que os donos/acionistas da empresa queriam que eles fizessem; geralmente, exigindo dos gestores maximizar o ”valor para o acionista”, medido pelo preço da ação. (...)
Por Pedro Sirgado, assessor do Conselho de Administração da EDP Produção
Artigo completo na Indústria e Ambiente nº139 mar/abr 2023, dedicada ao tema 'Sustentabilidade: ganho ambiental ou imagem?'
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