Produção de renováveis assegurou 75% do consumo de eletricidade

A REN - Redes Energéticas Nacionais revelou que quase três quartos da eletricidade consumida em Portugal nos primeiros cinco meses do ano resultou de produção energética renovável.

Esta produção energética renovável foi repartida pela hidroelétrica (35 por cento), eólica (27 por cento), biomassa (sete por cento) e fotovoltaica (três por cento).

A produção renovável abasteceu 72 por cento do consumo, entre janeiro e maio, tendo a REN destacado que a fotovoltaica já atingiu pontas de cerca 750 megawatts, representando três por cento da eletricidade consumida.

No mesmo período, a produção não renovável abasteceu 26 por cento do consumo, repartida por gás natural (24 por cento) e carvão (dois por cento), cabendo os restantes (dois por cento) a energia importada.

Nos mesmos cinco meses, o índice de produtibilidade hidroelétrica ultrapassou a média histórica (1,12, para média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica ficou abaixo (0,97).

“Este maio, as condições mantiveram-se desfavoráveis para a produção hidráulica”, acrescentou a REN, dando conta de um índice de produtibilidade abaixo da média histórica (0,67).

No que diz respeito à produção eólica, a REN destacou condições mais favoráveis, que resultaram num índice acima da média histórica (1,15).

Os dados da REN mostram que, em maio, o conjunto da produção renovável abasteceu 53 por cento do consumo no país e a não renovável 26 por cento, tendo a importação de energia assegurado os restantes 21 por cento.

No passado mês de maio, o consumo de energia elétrica registou uma subida de 10,6 por cento face ao período homólogo de 2020.

Mas de janeiro a maio a subida foi inferior, registando-se um aumento do consumo de 2,6 por cento, face aos primeiros cinco meses do ano passado, ou 2,8 por cento com correção de temperatura e dias úteis, mas face a idêntico período de 2019 o consumo caiu 2,1 por cento.

O consumo acumulado anual de gás natural, entre janeiro e maio, regista já uma variação homóloga positiva, com uma evolução de 2,4 por cento, apesar de uma contração de cerca de 12 por cento no segmento de produção de energia elétrica, e ficando praticamente em linha com o verificado no mesmo período de 2019.

O mercado de gás natural registou um aumento homólogo de 24,7 por cento, com subidas no segmento convencional (mais 32,5 por cento) e no de produção de energia elétrica (mais 7,8 por cento).

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