Investigação conclui que ribeiras urbanas estão poluídas por fármacos

  • 17 dezembro 2024, terça-feira
  • Água

[RICHARD/UNSPLASH]

O estudo concluiu que as ribeiras urbanas estão poluídas por uma grande diversidade de fármacos, afetando organismos aquáticos e processos ecológicos. 

Esta investigação realizada por investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em colaboração com a Faculdade de Farmácia da mesma universidade teve como objetivo perceber o estado de contaminação de ribeiras urbanas por fármacos e os seus impactos no ecossistema e nos organismos aquáticos. 

A equipa de investigação detetou fármacos como: diclofenaco, ibuprofeno e paracetamol (analgésicos, anti-inflamatórios, antipiréticos e anestésicos); claritromicina e eritromicina (antibióticos, antifúngicos e antipruriginosos); fluoxetina e citalopram (psicofármacos); estrona, 17β-estradiol e etinilestradiol (hormonas); e genfibrozila (reguladores lipídicos). 

Em comunicado de imprensa, Fernanda Rodrigues, estudante de doutoramento em Engenharia do Ambiente, afirma: “Neste trabalho registámos, em 49 ribeiras urbanas, a presença de 139 fármacos, pertencentes a dez grupos terapêuticos, em 13 países de quatro continentes, com predominância de anti-inflamatórios e anticonvulsivos.” 

Em Portugal, foram estudadas três ribeiras urbanas tendo sido detetado nas águas o total de oito fármacos. Este estudo trouxe uma visão global sobre a questão dos fármacos em ribeiras urbanas e mostrou ainda a necessidade de investir em novos estudos, nomeadamente em Portugal e na Europa, onde a equipa está a investigar esta questão.  

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