Europa explica em Coimbra financiamento de projetos de adaptação às alterações climáticas
A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra procurou conhecer os mecanismos e instrumentos de financiamento de projetos de adaptação às alterações climáticas, numa reunião com a Comissão Europeia (CE) e o Banco Europeu de Investimento (BEI).
“Recebemos da CE e do BEI algumas diretivas, informações e esclarecimentos para podermos obter consultadoria técnica, financiamento e todo um conjunto de mecanismos que poderá estar à nossa disposição para enriquecer ainda mais o que estamos a fazer nesta temática”, disse aos jornalistas o presidente da CIM Região de Coimbra, Emílio Torrão.
A reunião, que decorreu a 12 de dezembro no Convento São Francisco, em Coimbra, foi a primeira que se realizou em território nacional sobre o financiamento de projetos de adaptação às alterações climáticas.
“A comitiva europeia ficou sensibilizada com o que estamos a fazer e para nós é também importante que percebam que estamos a trabalhar nesta matéria e que, sobretudo, queremos mais intervenção da CE, porque os fenómenos das alterações climáticas estão aí”, disse Emílio Torrão.
“É uma reunião que abre portas e traz oportunidades para alocarmos os nossos projetos”, sublinhou o dirigente, referindo que a CIM Região de Coimbra já possui um plano estratégico para as alterações climáticas.
Salientando que o território da Região de Coimbra tem sido assolado nos últimos anos por fenómenos de elevado risco, Emílio Torrão salientou que da parte da CE “existe uma resposta e vontade de que o financiamento chegue a quem quer desenvolver projetos nesta área” das alterações climáticas.
“O trabalho feito aos vários níveis – regional, nacional, europeu – é a chave do sucesso. Agora, o mais importante é saber quais são os mecanismos, as formas e o trabalho que tem de ser feito para melhorar esta conexão entre os financiadores e os territórios que precisam desse financiamento”, disse, por seu lado, o chefe da Missão para a Adaptação às Alterações Climáticas, Johannes Klumpers.
O chefe da representação do BEI em Portugal, Miguel Morgado, salientou que o banco “quer ser um parceiro ativo a contribuir para projetos de adaptação climática, nomeadamente através de financiamentos, assistência técnica e de instrumentos de combinação dos financiamentos do banco com outras fontes de financiamento comunitário”.
A CIM Região de Coimbra foi escolhida para esta sessão após ter sido selecionada pela CE como signatária da Carta da Missão para a Adaptação às Alterações Climáticas da União Europeia, que a reconhece como uma das regiões europeias comprometidas com a adaptação às alterações climáticas.
A reunião contou também com a participação da secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, dos 19 municípios da CIM e representantes de várias entidades nacionais e regionais com poder de decisão.
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