Energias renováveis foram a principal fonte de eletricidade na UE em 2023

  • 08 julho 2024, segunda-feira
  • Energia

Fotografia: matthiasboeckel_Pixabay

As energias renováveis foram a principal fonte de eletricidade na União Europeia (UE) em 2023, ao gerarem 1,21 milhões de Gigawatt-hora (GWh), mais 12,4 por cento que em 2022 e representando 44,7 por cento de toda a produção de eletricidade.

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Eurostat, em contrapartida, a eletricidade produzida a partir de combustíveis fósseis diminuiu 19,7 por cento em 2023 em relação ao ano anterior, contribuindo com 0,88 milhões de GWh, ou seja, 32,5 por cento da produção total de eletricidade.

As centrais nucleares produziram 0,62 milhões de GWh ou 22,8 por cento da produção de energia da UE, refletindo um aumento de 1,2 por cento na produção em 2023.

A oferta de energias renováveis registou um aumento de 4,4 por cento face a 2022, ao atingir cerca de 10,9 milhões de terajoules (TJ) em 2023.

Em relação ao consumo de gás natural na UE, o Eurostat refere que o mesmo diminuiu para 12,8 milhões de TJ em 2023, menos 7,4 por cento que em 2022 e o valor mais baixo desde 1995, com Portugal a registar a maior quebra entre os 27.

Segundo os mesmos dados preliminares, a queda de 7,4 por cento no consumo interno de gás natural na UE em 2023 face a 2022 e de 19,4 por cento face a 2021 – período anterior à aplicação das medidas de poupança de gás – resultou de uma combinação de uma nova diminuição da produção interna de gás natural (-15,8 por cento em comparação com 2022), uma diminuição das importações líquidas (-14,6 por cento) e de uma acumulação de existências.

Em comunicado, o Eurostat indicou que de acordo com os dados preliminares por país, as maiores reduções no consumo interno de gás natural foram registadas em Portugal (-20,8 por cento), na Áustria (-14,6 por cento) e na Chéquia (-13,1 por cento), e que o maior aumento foi registado na Finlândia (+28,8 por cento).

O Eurostat afirmou que em 2023 se registaram reduções ainda mais acentuadas no consumo de carvão, com o fornecimento de lenhite a diminuir 24,2 por cento, para 222 840 milhões de toneladas, e o de hulha a baixar 20,4 por cento, para 130 437 milhões de toneladas. Ambos os valores são os mais baixos registados desde o início da série de dados.

Em termos de petróleo e produtos petrolíferos, a oferta totalizou 526 862 mil toneladas, menos 1,5 por cento face a 2022.

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