Dos efeitos da poluição do ar às consequências da pandemia

  • 31 dezembro 2020, quinta-feira
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De acordo com o Relatório Anual da Agência Europeia do Ambiente recentemente disponibilizado sobre a qualidade do ar na Europa e os seus efeitos, a poluição atmosférica continua a ter impactos significativos na saúde da população europeia, especialmente nas áreas urbanas. Os poluentes mais graves da Europa, em termos de danos à saúde humana, são as partículas (PM), o dióxido de azoto (NO2) e o ozono ao nível de superfície (O3).

Verifica-se que há grupos populacionais mais afetados pela poluição do ar do que outros, dependendo da sua exposição, identificando-se entre os de maior risco os idosos, as crianças e todos aqueles que apresentam uma maior suscetibilidade pela existência de problemas de saúde pré-existentes. A poluição do ar também tem impactos económicos consideráveis, reduzindo a expectativa de vida, aumentando os custos médicos e reduzindo a produtividade em dias de trabalho perdidos em vários setores económicos.

De acordo com o referido relatório, as estimativas do impacto na saúde da exposição à poluição do ar indicam que em 2018 a exposição de longo prazo a partículas com um diâmetro igual ou inferior a 2,5 μm (PM2.5) na Europa (incluindo 41 países) foi responsável por aproximadamente 417 mil mortes prematuras. Tal representa uma redução de 13 % nas mortes prematuras na Europa, em comparação com as 477 mil mortes prematuras estimadas para a Europa segundo a mesma metodologia para 2009. O impacto estimado atribuível à exposição da população ao dióxido de azoto, nestes 41 países europeus, em 2018, foi de cerca de 55 mil mortes prematuras, com uma redução de 54%, em relação a 2009.

Por fim, relativamente à exposição ao ozono ao nível do solo, estima-se um valor de 20 600 mortes prematuras em 2018 na Europa, representando um aumento de 20% para a Europa com base nos números de 2009. Isto é, a qualidade do ar tem vindo a melhorar mas a um ritmo infelizmente mais lento do que seria desejável, e no caso a tendência inversa começa a ser um problema, nomeadamente face aos efeitos das temperaturas elevadas, consequência das alterações climáticas. (...)

Artigo completo na Indútria e Ambiente nº125 nov/dez 2020 

Francisco Ferreira

Presidente da ZERO

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