Despesas em Ambiente atingiram 2 mil milhões em 2017

O Instituto Nacional de Estatística deu a conhecer a edição de 2018 das Estatísticas do Ambiente. A informação está organizada por setor, abrangendo sete áreas: População e Atividades Humanas; Ar e Clima; Água; Solo, Biodiversidade e Paisagem; Resíduos; Energia e Transportes; e Economia e Finanças do Ambiente.

Desde 2001 que o país não registava uma área ardida tão significativa. Pelo lado positivo, a qualidade da água melhorou e a atividade económica aumentou. De destacar também duas tendências inversas na área dos resíduos: enquanto os setoriais registaram uma evolução positiva, a dos urbanos foi negativa.

De facto, em 2017 foram recolhidas cerca de 5 milhões de toneladas de resíduos urbanos, o que representa um acréscimo de 115 mil toneladas em relação a 2016. Também a deposição em aterro inverteu a tendência decrescente em relação a anos anteriores. Estes dados mostram não só uma dificuldade em dissociar a retoma económica da produção de resíduos mas também um afastamento das metas do PERSU.

A qualidade do ar

Em 2017, 77,8 por cento dos dias apresentaram boa qualidade do ar, embora o número de dias abaixo deste patamar tenha aumentado quatro pontos percentuais face a 2016. Também a concentração de PM10 aumentou para 18 microgramas/m3, mantendo-se, ainda assim, muito abaixo do limite de 40 microgramas/m3.

Água

O indicador Água Segura voltou a subir em 2017, chegando aos 98,71 por cento. As águas balneares revelaram um elevado padrão de qualidade, especialmente as costeiras, com 90,6 por cento classificadas de excelentes. Nas águas interiores, 76,4 por cento receberam a classificação de “excelente”. Adicionalmente, mais 12 praias foram distinguidas com Bandeira Azul em 2017.

Maior área ardida desde 2001

O ano de 2017 registou a maior área ardida desde 2001, além do elevado número de vítimas causado pelos incêndios. Os dados provisórios relativos a 2018 apontam para um decréscimo de 11281 ocorrências face ao ano anterior. A área ardida em 2017 foi de 539,9 mil hectares, face a 38,2 mil que se estima ter ardido em 2018.

As despesas em ambiente apresentaram um acréscimo em 2017 comparativamente ao ano anterior (1,1 por cento do PIB face a 1 por cento em 2016), registando o valor mais elevado desde 2013. O valor resultou da despesa cumulativa das Administrações Públicas, Indústria e Produtores Especializados.

Consulte os dados completos em https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=316102676&DESTAQUESmodo=2

Newsletter Indústria e Ambiente

Receba quinzenalmente, de forma gratuita, todas as novidades e eventos sobre Engenharia e Gestão do Ambiente.


Ao subscrever a newsletter noticiosa, está também a aceitar receber um máximo de 6 newsletters publicitárias por ano. Esta é a forma de financiarmos este serviço.