Criada plataforma para gerir equipamentos eletrónicos em fim de vida

Uma startup portuguesa está a desenvolver uma plataforma de transação, gestão e acompanhamento de equipamentos elétricos e eletrónicos para permitir que indivíduos e empresas vendam os seus dispositivos em fim de vida.

Em declarações à agência Lusa, os três fundadores da startup Simby, Filipe Gonçalves, Nuno Novo e José Carlos Carvalho, explicaram que a ideia surgiu da necessidade de “potenciar a economia circular na gestão destes resíduos”.

“Este é um problema real”, afirmou Filipe Gonçalves, destacando que “muitas empresas não sabem como contactar as grandes empresas de reciclagem”.

A necessidade de estabelecer uma ligação entre as empresas de reciclagem e as empresas que detêm equipamentos elétricos e eletrónicos em grandes quantidades levou-os a criar a Simby no início do ano, sendo que os três fundadores trabalham de forma remota a partir do Porto.

A plataforma, que ainda está a ser desenvolvida, vai funcionar como um marketplace, através do qual vendedores e recicladores podem contactar e avançar com a venda e compra destes resíduos em fim de vida, obsoletos, avariados ou em excesso.

A venda e compra serão realizadas através de leilões eletrónicos, com informação detalhada sobre todos os equipamentos que integram aquele lote, bem como o atual valor de mercado dos equipamentos em causa.

“É 14 vezes mais barato reutilizar estes equipamentos do que retirar alguns metais da natureza, como o cobre e ouro, para os desenvolver”, salientaram.

Apesar de não ser direcionada a particulares, a plataforma irá abranger Organizações Não Governamentais (ONG) e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), entidades a quem “muitas vezes são oferecidos equipamentos em grande quantidade”.

A receita gerada com a venda destes dispositivos reverterá, posteriormente, a favor da respetiva ONG, IPSS ou associação.

Segundo os fundadores, o protótipo da plataforma deverá estar concluído no final do ano.

A startup Simby foi uma das três vencedoras da Final Nacional do ClimateLaunchPad, etapa organizada pela UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, e vai representar Portugal na final europeia da competição, que se realiza no último trimestre deste ano e visa apoiar ideias de negócio que reduzam o impacto negativo no ambiente.

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