Consumo de gás cai 20% e atinge valor mais baixo desde 2014

  • 03 outubro 2023, terça-feira
  • Energia

O consumo de gás natural registou uma queda homóloga anual de 20 por cento no final do terceiro trimestre, atingindo o valor mais baixo desde 2014, segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais.

“No final do terceiro trimestre, o consumo de gás natural registou uma queda homóloga anual de 20 por cento, com um recuo de 38 por cento no segmento de produção de energia elétrica e um decréscimo de 4,1 por cento no segmento convencional”, informou a REN, em comunicado, realçando que “este consumo global de gás é o mais baixo desde 2014”.

Já em setembro, o consumo de gás natural desceu 12 por cento, face ao mesmo mês do ano anterior, tendo registado um recuo de 27 por cento no segmento do mercado elétrico e uma subida de 2,2 por cento no segmento convencional.

Segundo dados divulgados pela Adene – Agência para a Energia, “houve uma alteração muito significativa no que respeita ao fornecimento de gás natural face ao mês de agosto”, com os Estados Unidos da América a regressar à liderança das importações de gás natural com uma quota de mercado de 66,5 por cento, seguindo-se a Nigéria com 30,5 por cento, enquanto as importações provenientes das interligações com Espanha representaram três por cento do aprovisionamento.

Relativamente à energia elétrica, o consumo registou uma ligeira descida homóloga de 0,3 por cento em setembro, ou 0,1 por cento corrigindo os efeitos de temperatura e número de dias úteis.

De janeiro a setembro, o consumo de eletricidade caiu 0,5 por cento, o mesmo valor com correção da temperatura e dias úteis.

Em setembro, as energias renováveis representaram 42 por cento do consumo em Portugal continental, a produção não renovável 26 por cento, enquanto os restantes 32 por cento corresponderam a energia importada.

Naquele mês, as condições foram desfavoráveis, tanto para a produção eólica como para a fotovoltaica, com os índices de produtibilidade respetivos a registarem 0,94 (média histórica igual a 1) e 0,92.

Já na hidroelétrica os valores foram normais, “mas têm pouco significado nesta altura do ano”, enquanto nas fotovoltaicas, com crescimento elevado, a ponta entregue à rede ultrapassou pela primeira vez os 1 800 megawatts.

No período de janeiro a setembro, a produção renovável abasteceu 55 por cento do consumo, repartida pela eólica com 24 por cento, hidroelétrica com 17 por cento, fotovoltaica com oito por cento e biomassa com seis por cento, enquanto a produção a gás natural abasteceu 22 por cento do consumo nos primeiros nove meses do ano. Os restantes 23 por cento corresponderam a energia importada.

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