Águas do Douro e Paiva aumenta produtividade dos poços de captação

  • 17 junho 2024, segunda-feira
  • Água

Fotografia: Águas do Douro e Paiva

A Águas do Douro e Paiva realizou, entre os dias 13 e 17 de maio, uma dragagem na Albufeira de Crestuma Lever, com o objetivo de aumentar a produtividade dos poços de captação de água.

A Estação de Tratamento de Água (ETA) de Lever possui duas origens distintas de captação no rio Douro: uma superficial e outra subaluvionar, constituída por três poços de captação em profundidade.

De acordo com a Águas do Douro e Paiva, esta redundância de origens confere à infraestrutura uma elevada flexibilidade operacional e resiliência. “A água proveniente dos poços, de excelente qualidade, tem um menor impacto ambiental e um custo operacional três vezes inferior ao da água superficial. Por ser a opção mais eficiente, é dada utilização preferencial à origem subaluvionar”, referiu a empresa em comunicado enviado à redação.

Segundo a Águas do Douro e Paiva, nos últimos anos, devido às alterações climáticas, tem-se verificado uma diminuição do caudal do rio Douro e um aumento na deposição de sedimentos, o que provoca a colmatação do leito do rio, diminuindo a produtividade dos poços. Por esta razão, a empresa programou esta dragagem na zona envolvente aos poços.

Os trabalhos de dragagem decorreram conforme o previsto e os resultados foram imediatos: o volume de água captado nos poços aumentou mais de 30 mil metros cúbicos por dia, representando uma economia significativa em reagentes e energia. Em menos de três semanas, a poupança obtida equivaleu ao custo total do serviço de dragagem.

Para além desta economia, a intervenção aumentou a eficiência dos equipamentos, nomeadamente das bombas das estações elevatórias associadas aos poços, estimando-se uma redução no consumo de energia de três mil quilowatt-hora por dia.

Os trabalhos foram previamente autorizados pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A. e pela Capitania/Polícia Marítima. Durante a intervenção, a Polícia Marítima foi informada diariamente sobre o início e término dos trabalhos, de forma a garantir as condições de segurança no rio.

A Águas do Douro e Paiva já tinha realizado uma dragagem mais abrangente em 2022, com remoção efetiva de sedimentos numa área de 95 mil metros quadrados, com um investimento de 371 150 euros, resultando num retorno de 200 mil euros por ano, cujos efeitos perduraram até este ano.

O presidente do Conselho de Administração, António Borges, considera que “o investimento realizado nesta intervenção demonstra a agilidade e a capacidade da empresa em dar resposta aos efeitos das alterações climáticas, e reafirma o compromisso permanente com o aumento da eficiência operacional e da resiliência do serviço prestado às populações da região”.

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