A vulnerabilidade das empresas aos mercados da energia

  • 09 junho 2025, segunda-feira
  • Energia

FOTO LEWIS MEYERS/ UNSPLASH

Antecedentes

Distante está já o ano de referência de 1990, que apresentou um quadro nacional para o consumo de energia no qual o petróleo e seus derivados, também necessários à produção de eletricidade, tinham um peso de 66 % do total, a eletrificação do país ainda estava em curso, embora já fosse o segundo mercado, e o restante era a estimativa do consumo de lenhas e os consumos renováveis resultantes da transformação da madeira em papel e artigos de papel.

O consumo final nacional total não chegou nesse ano aos 12 milhões de toneladas equivalentes de petróleo, mas esse valor, a partir daí, não parou de crescer.

O “pico” do consumo final nacional de energia aconteceu em 2005, chegando aos 19 milhões de toneladas equivalentes de petróleo.

No entanto, o petróleo e seus derivados reduziram o seu peso no cômputo global para 55 %, embora mantendo a sua presença maioritária.

O gás natural já nesse ano estava bem implantado, com presença crescente na produção de eletricidade e uma quota de quase 7 % no consumo final de energia do país.

O consumo de eletricidade cresceu significativamente para mais de 20 % do total nacional, e já com uma componente renovável significativa na sua produção.

Mas a esse aumento de mais de 50 % no consumo final de energia no país correspondeu o crescimento das emissões de gases com efeito de estufa de cerca de 60 Mton equivamente de CO2, em 1990, para 85 Mton equivamente de CO2, em 2005, o que era insustentável.

A evolução da descarbonização

O percurso do país no investimento em renováveis, desde então, foi considerável, sobretudo na produção de eletricidade, mas também na introdução dos biocombustíveis nos transportes.

Por outro lado, o crescimento do setor industrial do papel e da pasta de papel contribuiu muito para o bom desempenho do país na disponibilização e no consumo de renováveis. (consultar Figura I)

A contribuição dos recursos renováveis de origem biológica aumentou, designadamente nos transportes, onde a sua incorporação física de cerca de 6 % ainda é a quase totalidade da descarbonização até hoje conseguida neste setor.

A eletricidade é hoje maioritariamente de origem renovável, mas com uma dependência visível das condições climáticas.

A contribuição nas “outras renováveis” da tecnologia das bombas de calor já tem um peso visível, ascendendo a cerca de 400 mil tep.

A nova vaga de desafios

O Balanço Energético de 2023 demonstrou que Portugal, num percurso determinado, apesar de não isento de erros, levou novamente o país a um nível de emissões de gases com efeito de estufa ao patamar de 1990.

Missão cumprida? Pelos vistos, não.

A ambição da redução de emissões subiu para 55 % das que ocorreram em 1990.

As estratégias da União Europeia, visando, umas, objetivos climáticos, outras objetivos de preservação de recursos e, ainda, outros objetivos ambientais criaram um entrelaçado de condicionantes, diferentes nas consequências para cada nação, que tornam as estratégias a estabelecer e as soluções a adotar muito complexas e, até, controversas. (...)

Leia o artigo completo na Indústria Ambiente nº 151, mar/abr 2025, dedicada ao tema "IoT e Ambiente". 
 

Jaime Braga

Engenheiro

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