O uso de drones na agricultura de precisão e monitorização ambiental
A emergência na última década de drones de pequenas dimensões e baixo custo, passada que está a fase eufórica em que uma nova tecnologia promete ser a cura para todas as maleitas, está a fazer o seu percurso em termos de adopção efectiva como ferramenta de detecção remota, com impacto real nos sectores agrícola e florestal.
A Spin.Works desenvolveu nos últimos anos um sistema de micro-UAV composto por um avião não-tripulado - UAV S20, uma catapulta e uma estação de solo.
O avião, uma asa voadora com 1,7 m de envergadura, é produzido em séries de 30 a 50 unidades, com recurso a espuma de polipropileno de baixa densidade, e pode ser equipado com câmaras no espectro do visível, do infravermelho ou térmico. A estação de solo tem um sistema de comunicações de longa distância, suportando a transmissão simultânea de dados de telemetria do avião, de imagens vídeo em tempo real, assim como a pilotagem remota do veículo. A estação de solo funciona como interface entre os veículos aéreos não tripulados e os operadores no solo, permitindo-lhes, em tempo real, planear a missão/plano de voo e monitorizar e visualizar o voo.
A Spin.Works possui também extensa experiência na integração de sistemas em plataformas de drone multi-rotor, que apresentam menor autonomia de voo, mas permitem abordar outras aplicações, como por exemplo a recolha de amostras, onde pode ser necessário o voo estacionário.
A possibilidade de obtenção, na data pretendida e em poucas horas, de imagem multi-espectral de muito alta resolução, sobre áreas de centenas ou milhares de hectares, é um verdadeiro game changer no que diz respeito à capacidade de monitorizar e gerir uma produção agrícola ou florestal com um nível de detalhe sem precedentes.
Artigo publicado na Edição no 117
João Araújo, Spin.Works
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