Sustentabilidade e logística: uma equação possível

O setor da logística tem um impacto ecológico transversal. Quer a escolha do transporte seja marítima, aérea ou terrestre, há impactos a considerar, que podem ser medidos e reduzidos.

É essa a reflexão que nos propõe Juan Carlos Moro, CEO da DB Schenker Iberia.

O responsável começa por chamar-nos a atenção para a importância do transporte ferroviário, que com 9 por cento da oferta de mobilidade representa apenas 0,7 por cento do total de emissões, números que o tornam uma opção claramente mais vantajosa do que o transporte rodoviário, sempre que a sua utilização seja possível. Para os casos em que este recurso não é possível, torna-se necessário olhar para novas possibilidades, como os veículos elétricos e a gás e os camiões totalmente elétricos.

Mas os ganhos não se ficam pela opção do meio de transporte. Também a inovação na gestão de frotas tem um papel a desempenhar. A Internet of Things (IoT), que compreende os aparelhos e objetos habilitados a estarem permanentemente ligados à Internet e recolher informação, mesmo sem envolvimento das pessoas, é uma aliada. Com este recurso, explica Moro, é possível calcular melhor os fluxos de consumo, e com base na informação recolhida, fazer um planeamento melhor dos meios de transporte e das cargas enviadas. Estes cálculos, prossegue Moro, favorecem “a otimização dos tempos e custos da cadeia de abastecimento, melhorando o desenvolvimento produtivo de cada fase e aumentando a eficiência”. A automatização e digitalização dos processos têm um papel no desenvolvimento do setor e na sua sustentabilidade, sustenta Moro, sobretudo tendo em conta a complexidade que caracteriza a atividade.

Assumindo estes desafios, a Schenker impôs como meta a redução das suas emissões de CO2 em 30 por cento nos próximos dois anos, elevando a fasquia para 50 por cento em 2030. Como? Através da consolidação de cargas, do uso de meios de transporte sustentáveis ou da renovação da frota, além de permitir aos clientes calcular e otimizar a sua própria pegada de carbono nas atividades desenvolvidas com a transportadora. Além das metas futuras, Moro assegura que a empresa já reduziu as emissões de gases com efeito de estufa em 25,8 por cento no transporte terrestre, 9,3 por cento no transporte aéreo e 61,2 por cento no transporte marítimo, em relação a 2006.

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