Caixa sustentável para transporte de peixe vence prémio Ocean’s Calling
Chama-se SEAclic BOX e foi desenvolvida pela alemã Storopack. Esta caixa de transporte de peixe, capaz de absorver o impacto e conservar o frio, foi a vencedora do prémio Ocean’s Calling, promovido pela Sociedade Ponto Verde no âmbito do projeto OceanWise, que tem como objetivo a redução do lixo marinho através da inovação.
Além de serem uma alternativa ao plástico, estas caixas fecham através de um mecanismo de clique, evitando o uso de adesivos ou outros sistemas similares e, consequentemente, de mais plástico. São uma alternativa às embalagens de EPS para produtos alimentares muito sensíveis, como o peixe e marisco. São produzidas com bioplástico e compostadas industrialmente de acordo com a norma EN 13432. O processo de compostagem pode começar o mais próximo possível do último uso da embalagem e sem a necessidade de limpeza prévia, reduzindo a quantidade de resíduos enviados para aterros e incineração.
Os resultados foram anunciados num podcast contou com a participação de Ricardo Serrão Santos, Ministro do Mar, Inês dos Santos Costa, Secretária de Estado do Ambiente, José Manuel Marques, Diretor de Serviços de Ambiente Marinho e Sustentabilidade da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, Anthony Mahe, Material and Sustainability Manager Europe / Molding Division from Storopack, e Ana Isabel Trigo Morais, CEO/Administradora Delegada da SPV.
“Na questão do ambiente do meio marinho não podemos deixar de contar e de trabalhar com as empresas e com as ONG no sentido de encontrar as soluções mais adequadas. O grande desafio vai ser levar à prática as soluções que estão a ser pensadas e testadas no Ocean Wise numa forma mais abrangente, envolvendo o conjunto dos cinco países que estão a trabalhar nelas”, afirmou José Manuel Marques, Diretor de Serviços de Ambiente Marinho e Sustentabilidade da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimo, citado em comunicado da SPV.
Para Inês Costa, a atuação perante este problema tem de ser sistémica, já que “toca várias áreas do nosso sistema socioeconómico, desde a extração de matéria-prima [combustíveis fósseis] até à atuação do cidadão”.
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