Setor dos bens e serviços ambientais representou 5,6 % da produção nacional em 2022
- 06 fevereiro 2025, quinta-feira
- Gestão

FOTO STOCK BIRKEN/ UNSPLASH
O INE apresentou, esta semana, as Contas Satélite do Ambiente 2020-2022
Em 2022, o setor dos bens e serviços ambientais teve um impacto significativo na economia portuguesa, representando 5,6 % da produção, 3,9 % do Valor Acrescentado Bruto (VAB), 4,3 % das exportações e 4,0 % do emprego nacional.
De acordo com os dados mais recentes das Contas do Setor dos Bens e Serviços Ambientais (CSBSA), as atividades de gestão dos recursos energéticos foram as mais relevantes, respondendo por 52,4 % do VAB deste setor.
Este crescimento foi impulsionado por diversas áreas, com destaque para a inclusão nas contas da construção e renovação de edifícios energeticamente eficientes, com necessidades quase nulas de energia (NZEB).
A gestão de resíduos e águas residuais também se destacaram, representando, respetivamente, 12,0 % e 7,2 % do VAB do setor.
Além disso, as exportações do setor dos bens e serviços ambientais cresceram 18,3 % em 2022, sendo a gestão dos recursos energéticos a principal responsável por esse aumento, especialmente pela exportação de equipamentos para a produção de energia solar e eólica. Seguiu-se a proteção contra ruídos e vibrações (21,3%), sobretudo devido aos silenciadores para veículos automóveis e material isolante do ruído. No entanto, o setor teve um desempenho menos dinâmico no emprego, com uma variação de 4,4 %, abaixo da média nacional de 5,7 %.
Portugal manteve a quinta posição entre os Estados-Membros da União Europeia em termos de peso das exportações de bens e serviços ambientais, representando 4,9 % do total das exportações nacionais em 2021, o último ano com dados disponíveis para comparação europeia.
É importante notar que nesta edição a compilação das CSBSA sofreu algumas alterações metodológicas em consequência das discussões regulares efetuadas a nível europeu sob orientação do Eurostat no domínio das Contas Satélite do Ambiente. De entre as alterações metodológicas efetuadas destacam-se as seguintes:
- a contabilização da construção e renovação de edifícios com necessidades quase nulas de energia (NZEB1, na sigla inglesa) no subdomínio da poupança e gestão do calor e da energia; e
- a atualização da lista de atividades e produtos considerados ambientais. Adicionalmente, esta edição das CSBSA integra também alterações decorrentes da implementação da base 2021 das Contas Nacionais Portuguesas.
Por estes motivos, a comparação com as anteriores edições da CSBSA deve ser efetuada com prudência.
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