Remoção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova concluída no início de 2022

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) adiantou que a remoção dos resíduos perigosos depositados em São Pedro da Cova, Gondomar, no distrito do Porto, deverá ficar concluída no primeiro trimestre de 2022.

“A obra de remoção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova retomou um ritmo acelerado. Esperamos concluí-la no primeiro trimestre de 2022”, disse o responsável pela CCDR-N, António Cunha, na sua conta na rede social Twitter.

Dizendo tratar-se da “maior operação de sempre de resolução de um passivo ambiental na região Norte”, o presidente da CCDR-N referiu que serão removidas mais de 137 mil toneladas de resíduos.

Já na semana passada, em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, revelou faltar remover 1,5 por cento dos resíduos perigosos.

A remoção destes resíduos começou em outubro de 2014, mais de dez anos depois do depósito, tendo terminado em maio do ano seguinte, com a retirada de 105.600 toneladas.

Para dar seguimento à operação, o Estado alocou a esta empreitada 12 milhões de euros do Fundo Ambiental.

O concurso registou sete candidatos e em abril de 2018 foi anunciado que a remoção terminaria em 2019, mas o processo foi adiado devido a uma impugnação judicial que só conheceu um desfecho em 15 de novembro de 2019.

Em meados de maio foi tornado público que o Governo vai disponibilizar 2,2 milhões de euros para prolongar a remoção depois de ter sido detetado que existem mais 28 mil toneladas, valor que corresponde a mais 20 por cento de resíduos ainda por retirar, de acordo com o que disse à Lusa o presidente da Câmara de Gondomar.

Ao longo dos anos, esta situação motivou perguntas e requerimentos de partidos políticos, bem como iniciativas locais como vigílias, concentrações e protestos.

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