Redução de perdas – a maior, melhor e mais inovadora origem de água
- 28 fevereiro 2023, terça-feira
- Água
Promover a inovação na gestão da água é, há largos anos, uma ambição transversal a todo o setor. Contudo, permanece ainda como desafio a propriedade com que associamos a palavra “inovação” ao que, na prática, é alcançado pela generalidade das entidades gestoras, a nível nacional.
Estamos perante um setor que, em larga medida, é incapaz de gerar valor, profundamente estagnado e dependente, numa relação de causa-efeito perpétua entre estas características. Ou seja, grande parte dos projetos implementados tendo em vista a inovação, sobretudo, nas entidades públicas, dependem e são orientados exclusivamente por mecanismos de financiamento, sejam eles nacionais ou comunitários, normalmente pouco controlados na sua real aplicação e nada controlados no seu impacto.
Como consequência e, simultaneamente, causa, encontramos um setor pouco eficiente e pouco evolutivo, quer no que toca à performance empresarial, quer ambiental.
Vários indicadores setoriais apresentam-se, infelizmente, como provas desta gestão ineficiente. Desde logo, a incapacidade que 60 % das entidades gestoras registam na cobertura ou sequer monitorização dos seus custos de operação – que, sabemos, são pesados, mas necessários para garantir a distribuição segura deste bem essencial. Resta, portanto, pouca a nenhuma capacidade de investimento em soluções inovadoras, o que nos leva de novo à necessidade de financiamento externo. É um ciclo que importa interromper com celeridade.
Acrescem a este cenário duas agravantes – sobejamente anunciadas e conhecidas, mas cujos dividendos começarão agora a ser pagos. A primeira prende-se com o envelhecimento das infraestruturas de que todo o setor depende, nomeadamente, de uma parte significativa das condutas, que têm o seu fim de vida útil anunciado para a próxima década. Substituí-las representa um investimento avultado, que poderia ter sido ligeiramente protelado, caso a sua gestão tivesse sido eficaz, ao longo dos anos. (...)
Por Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA
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