Produção de eletricidade fóssil atinge produção de 55,1 por cento nos primeiros sete meses do ano

A produção termoelétrica dos primeiros sete meses de 2017 foi a mais elevada da última década (55,1 por cento), o que pode justificar-se pelo período de seca que o país atravessa, que resultou na redução da disponibilidade hídrica, aponta a APREN no seu último boletim das energias renováveis. Este quadro tem como consequência o aumento do preço da eletricidade no mercado grossista, que se situou no valor médio de 50,89 euros/MWh.

Durante este período, a geração de eletricidade eólica tem-se mantido constante, com uma quota de 22,3 por cento entre janeiro e julho. Por sua vez, a hídrica representou 16 por cento, seguida da bioenergia, com 5,1 por cento e da solar fotovoltaica, com 1,5 por cento.

Em termos absolutos, atingiu-se um consumo acumulado de 22.922 GWh, o que representa um acréscimo de 1 por cento face ao ano anterior. Já o saldo exportador foi de 2.192 GWh, um valor inferior ao de 2016.

Efeitos da seca

Os dados do IPMA colocam 79 por cento do país em situação de seca severa, o que reduziu a produção de hidroeletricidade, que tipicamente representa um quarto do consumo. As albufeiras atingiram 58 por cento dos valores normais, o que conduziu a uma utilização mais intensiva das centrais térmicas, resultando numa emissão mais significativa de gases com efeito de estufa.

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