Por uma saúde planetária

Na data em que escrevo, Portugal e o mundo vivem tempos muito difíceis, na sequência da brutal disseminação e impacto na saúde pública de um novo coronavírus para a espécie humana: o SARS-CoV-2. Enfrentamos uma situação grave e que se agudiza todos os dias, obrigando-nos a renunciar às nossas rotinas e a construir outras inteiramente novas, apelando ao melhor de nós e a uma atitude responsável em benefício do interesse coletivo. Este é um tempo que confronta todas as nossas certezas, e desencadeia um abalo sem precedentes nos alicerces de um percurso global imprudente e ilusório.

Vale a pena refletir sobre o que esta pandemia revela da desarmonia criada entre a natureza e as sociedades humanas. Não sendo legítimo invocar uma correlação absoluta neste caso concreto que vivemos, é possível estabelecer uma relação entre a crescente frequência de surtos de doenças, as alterações climáticas e a perda de biodiversidade. Com efeito, a frequência destes surtos tem vindo a aumentar, entre outras razões, pelo aumento da circulação global e pela intensificação das trocas comerciais, mas também se percebe uma evidente relação com as alterações climáticas e com a perda da biodiversidade. Vários cientistas sustentam hoje – e eu estou de acordo - que a destruição da biodiversidade propicia o surgimento de novos vírus e doenças como a Covid-19. (...)

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº121 mar/abr 2020

Helena Freitas

Professora na Universidade de Coimbra

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