Plano de conservação Arrábida/Espichel impõe melhorias em nove habitats

FOTO: BernardoUPloud / pixabay

Portaria de 31 de março aprova os objetivos de conservação do plano de gestão da Zona Especial de Conservação (ZEC) Arrábida/Espichel. Dunas com pinheiro-manso e pinheiro-bravo e bancos de areia estão entre os habitats a melhorar

Os objetivos de conservação do do plano de gestão da Zona Especial de Conservação (ZEC) Arrábida/Espichel aprovado a 31 de março estabelecem metas de conservação aplicáveis aos habitats das espécies de flora de arribas, de flora dunar, de flora de afloramentos e solos derivados de calcários, de fauna alvo e de habitats marinhos.


No caso das arribas, pretende-se melhorar o grau de conservação das euroforbiáceas junto às falésias, aumentando a área de habitat com estrutura bem conservada, e também da corriola-do-espichel, aumentando a área de habitat adequada e o número de indivíduos. No caso da flora dunar, existem metas no sentido de aumentar a área de habitat com estrutura bem conservada das florestas de pinheiro-manso e pinheiro-bravo e também aumentar a área de habitat adequado e o número de indivíduos de herniária-marinha. 

No que respeita à flora que habita afloramentos e solos calcários, pretende-se aumentar a área de habitat adequado à presença do junco-da-estremadura, bem como o número de indivíduos, aplicando-se o mesmo critério à aveia-clara.


Quanto à fauna alvo, pretende-se aumentar a área de habitat adequado para a borboleta quadrupintária e para a Fritilária-dos-lameiros. 


Nos habitats marinhos, existem metas para aumentar a área de bancos de areia com Zostera marina com estrutura bem conservada. 


Há ainda uma série de outros habitats cujas condições de conservação se devem manter, incluindo no caso do roaz, cuja proporção de população deve ser mantida.


A área marinha da ZEC abrange todo o troço costeiro que se estende desde a Praia da Foz até à foz do rio Sado, numa extensão de cerca de 33 km. A largura da faixa marinha oscila entre os 800 m e os 3 km. A área terrestre está situada na sub-região da península de Setúbal e inclui os alinhamentos montanhosos da cadeia da Arrábida (que atinge os 500 m de altitude e tem orientação predominante no sentido nordeste/sudoeste) e o rebordo costeiro meridional, de Setúbal ao Cabo Espichel.


O plano de gestão permanecerá em vigor durante 10 anos e o seu acompanhamento é coordenado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).


 


 

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