Financiamento de 21 milhões de euros para gestão sustentável dos oceanos

A Comissão Europeia, ao abrigo do Programa Horizonte 2020, abriu, a 27 de outubro, uma oportunidade de financiamento na área da investigação dos oceanos, que se mantém até 13 de fevereiro de 2018.

O projeto tem por objetivo promover a gestão dos oceanos como um todo. Nesse contexto, as propostas a apresentar devem ter em atenção:

  • Coordenação da investigação marinha e marítima e atividades de inovação no Oceano Atlântico – 4 milhões de euros;
  • Aferição do estado dos ecossistemas marinhos atlânticos – 9 milhões de euros;
  • Criação de novas cadeias de valor para produção de aquacultura – 8 milhões de euros.

As atividades a desenvolver ao abrigo do tópico da coordenação marinha e marítima deverão conduzir ao lançamento de uma plataforma para reforçar a cooperação entre a Europa e os países do Atlântico Sul e estabelecer uma ligação com as necessidades de investigação do Atlântico Norte. A plataforma deverá promover oportunidades de negócio e deverá tirar partido de inovações ao nível dos sistemas de produção de aquacultura, tecnologias marinhas e marítimas, desenvolvimento de standards comuns para observação do mar profundo, reforço da capacidade de construção através do alinhamento de programas de capacitação europeus, incluindo oportunidades de estágios em contexto industrial. Deverá igualmente promover a consciencialização dos cidadãos e a literacia em matéria de oceanos.

Para aferir o estado dos ecossistemas marinhos, deverão ser desenvolvidas atividades que permitam conhecer os principais fatores de mudança, a curto e a longo prazo, dos ecossistemas e analisar as interações entre diversos indutores de pressão, como as Alterações Climáticas e o papel dos impactos cumulativos no funcionamento dos ecossistemas e serviços de ecossistemas associados. Estas atividades devem ainda favorecer a sustentabilidade da exploração dos recursos marinhos. Os projetos a desenvolver poderão incluir mapeamento 3D da coluna de água e mapeamento do fundo do mar em áreas selecionadas, considerando a segurança destas operações. A demonstração de abordagens custo-efetivas de gestão de grandes quantidades de dados será importante. A participação de stakeholders regionais e industriais para ajudar a definir os requisitos dos ecossistemas será encorajada.

No que respeita à aquacultura, será promovida a exploração de novas espécies, produtos e processos. Devem ser considerados mercados existentes, emergentes e potenciais, privilegiando métodos de produção sustentáveis e rentáveis. Serão consideradas abordagens de Internet of Things no desenvolvimento de produtos inovadores, incluindo na criação de novos biossensores, na potenciação da circularidade de processos tendo em vista a eliminação de resíduos e as preocupações dos consumidores. O desenvolvimento de programas de monitorização para aferição do risco, incluindo poluentes emergentes, resiliência e mitigação das Alterações Climáticas será essencial. As atividades a desenvolver deverão ainda contribuir para a redução dos riscos para a saúde humana. O reforço das ligações com parceiros industriais será essencial para partilhar as melhores práticas e facilitar a criação de oportunidades de negócio.

Mais informação em https://ec.europa.eu/research/participants/portal/desktop/en/opportunities/h2020/topics/bg-08-2018-2019.html

Imagem: Max Okhrimenko / Unsplash

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