Lançado primeiro programa nacional de reprodução e distribuição de corais

Fotografia: SEA LIFE
A partir de dia 15 de junho, o aquário SEA LIFE Porto vai apresentar ao público a nova Maternidade de Corais, o primeiro projeto nacional de reprodução de mais de 15 espécies de corais em risco de extinção para a rede de aquários SEA LIFE em todo o mundo, desenvolvido no âmbito dos programas de reprodução de espécies ameaçadas da fundação SEA LIFE Trust, contribuindo assim para a conservação destes organismos numa escala global.
“O projeto da Maternidade de Corais está intimamente ligado à importância vital que os corais, em particular, assumem para o equilíbrio dos oceanos e do planeta”, referiu o SEA LIFE em comunicado enviado à redação.
Segundo o aquário nortenho, os corais formam colónias designadas de recifes que, apesar de cobrirem menos de 0,1 por cento do fundo do mar, são o habitat de cerca de 25 por cento de todas as espécies marinhas.
“A ação humana tem comprometido, direta e indiretamente, estas estruturas, o que acarreta graves repercussões ambientais, económicas e sociais. De acordo com a agência dos Estados Unidos para o Oceano e a Atmosfera, em 2023 observou-se um segundo branqueamento de corais em massa, causado pelo aumento record da temperatura dos oceanos, que terá afetado mais de 60 por cento dos corais em todo o mundo”, lê-se no mesmo comunicado.
Segundo o diretor do SEA LIFE Porto, Rui Ferreira “a Maternidade de Corais do SEA LIFE Porto é um projeto inovador que assume uma dupla vocação: por um lado, reforçar a urgência de preservar estes organismos (…) e, por outro, contribuir ativamente para a sua reprodução e consequente conservação, a nível global”.
“Desde 2009 que temos vindo paulatinamente a formar pequenos e grandes embaixadores dos oceanos, e hoje, exatamente 15 anos depois da nossa fundação, damos mais um importante passo no âmbito dessa missão, de Portugal para o mundo”, acrescentou Rui Ferreira.
A Maternidade de Corais do SEA LIFE Porto estará visível ao público na zona do “Navio Naufragado”, onde será possível acompanhar de perto o crescimento de pequenos exemplares de espécies como Acropora, Lobophytum, Palythoa, Rhodactis ou Sinularia, entre muitas outras, saber mais sobre a sua importância e acompanhar a sua viagem pelo mundo.
O projeto integra os programas de reprodução de espécies ameaçadas da fundação SEA LIFE Trust, instituição que atua globalmente para proteger os ecossistemas marinhos. O SEA LIFE Trust trabalha em diversas regiões do globo para ajudar a proteger e restaurar os recifes de coral, tendo, por exemplo, apoiado a reconstrução de recifes danificados nas Maldivas, colaborado com a Fundação para a Natureza da Indonésia em Bali para reconstruir recifes devastados pela pesca ilegal com veneno com cianeto, ou apoiado pesquisas em Curaçao, no México e na Flórida para perceber como os corais se reproduzem e se recuperam de doenças.
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