Jardim Paulo Vallada vai incorporar zona de retenção de águas pluviais

Fotos João Pedro Rocha/CMPorto

Francisco Sezinando

O jardim Paulo Vallada, que é um resultado da união da Avenida Fernão de Magalhães à Rua de Santos Pousada, esconde, no seu subsolo, o troço de água responsável pelas inundações ocorridas em janeiro de 2023 e que causa um efeito cascata, na zona das Fontaínhas, em alturas de chuva mais intensa.

Numa nota enviada à imprensa, a Câmara Municipal do Porto anuncia que, através da Água e Energia do Porto, a entidade responsável pela obra, está a trabalhar com o intuito de transformar o jardim num espaço de integração de soluções de drenagem, preparando-o assim para enfrentar eventos de pluviosidade intensos. Trata-se de um investimento de meio milhão de euros que deverá estar pronto em abril.

Esta obra vai criar cinco pequenas bacias, incluindo ainda o campo de futebol, que será rebaixado, que servirão de áreas de armazenamento de água em condições mais extremas de chuva. Este efeito "esponja" levará a que água perca força, reduzindo a possibilidade de inundações e a turbulência das águas na sua chegada ao rio Douro, junto à Avenida Gustavo Eiffel.

A intervenção no jardim será igualmente aproveitada para renovar os equipamentos existentes no espaço. O novo campo de jogos irá ter uma zona de "bancada" natural, novas balizas e tabelas de basquete, assim como um novo piso de reduzida manutenção, feito de betão poroso, com capacidades drenantes, resistente à presença da água e de fácil limpeza após períodos de encharcamento.

Esta solução faz parte do Plano de Valorização e Reabilitação das Linhas de Água do Município do Porto (PVRLA), que está também a ser aplicada noutras partes da cidade, como é exemplo o Parque da Asprela, no Pólo Universitário do Porto.

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