A Inteligência Artificial no setor do saneamento

A revolução dos últimos 20 anos no setor do saneamento nacional, que inclui a recolha, o tratamento e a rejeição de efluentes domésticos e urbanos, é reconhecida internacionalmente no setor da água como o “milagre” português, traduzindo-se atualmente em 320 praias com bandeira azul em Portugal.

Concluído este processo intensivo de infraestruturação na área do saneamento deparamo-nos com “novos” desafios, cada vez mais exigentes, relacionados com as alterações climáticas, nomeadamente o aumento da ocorrência de eventos extremos de precipitação e de períodos de seca, a idade das infraestruturas, a pressão social e turismo, os ciberataques e a digitalização, o aumento do preço da energia e da exigência da legislação aplicável, assim como a mudança na filosofia de atuação de CAPEX para OPEX, também aliada é evolução do papel do regulador. Acresce ainda que as entidades gestoras de sistemas de saneamento se situam no final do ciclo urbano da água, ou seja, é comum a presença de micropoluentes, microplásticos, afluências descontroladas de caudais pluviais, água salobra, descargas industriais ilegais nos afluentes domésticos urbanos.

De ETAR a Fábrica de Água

O contexto de uma economia que se pretende cada vez mais circular contribui para a mudança de paradigma de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (Ex-ETAR) para Fábrica de Água.

Pedro Póvoa (Direção de Gestão de Ativos, Águas do Tejo Atlântico)

Artigo publicado na edição nº114 da IA

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