Indaqua aposta em gestão de dados para melhorar eficácia da gestão das águas

  • 17 março 2022, quinta-feira
  • Água

A Indaqua, que gere o abastecimento e tratamento de águas de seis municípios da Área Metropolitana do Porto, investiu no último ano mais de 1,4 milhões de euros em modelos de gestão de dados que trazem eficácia ao processo.

O mais recente reforço do investimento da empresa, de 200 mil euros, foi no projeto WaterQuality, uma metodologia inovadora de integração em modelos matemáticos, criado em 2019, “centrado no aumento da segurança no abastecimento”, explicou à agência Lusa o presidente executivo do grupo Indaqua, Pedro Perdigão.

A ideia é obter “respostas mais céleres e eficazes em situações de crise” de contaminação da água. Com este método, a Indaqua espera aumentar a “capacidade da resposta qualitativa e eficaz da operação”.

“Em termos práticos, o WaterQuality tem como objetivo desenvolver uma ferramenta de modelação para apoio na gestão de situações de emergência que, em caso de contaminação, localize, automaticamente, as zonas afetadas e apoie na definição das manobras a realizar nas redes de abastecimento de água. Nestas operações, em situações de crise, a rapidez na definição e realização das manobras nas redes revelam-se essenciais para minimizar as áreas afetadas e, assim, reduzir os riscos de contaminação”.

Este projeto pretende ainda “selecionar a localização ótima para os pontos mais representativos de colheita de amostrar no controlo de rotina da qualidade da água levada aos consumidores”.

“Esta otimização torna o controlo analítico, realizado diariamente, mais eficaz e eficiente”, acrescentou.

A empresa investiu, no último ano, mais de 1,4 milhões de euros noutros três projetos de criação de modelos de gestão de dados.

Com um programa de modelação de redes de abastecimento em tempo real, apostaram “na sensorização de redes de abastecimento de água”, que torna possível “identificar em tempo real desvios ao comportamento esperado da rede de distribuição de água, ou antecipar as consequências nos fluxos hidráulicos dos sistemas de abastecimento que determinadas manobras realizadas à distância (por exemplo, associadas a estações de bombagem) podem acarretar”.

Essa possibilidade “é essencial para que as mesmas sejam feitas em segurança e promovendo a eficiência energética”, realçou o responsável.

Já o desenvolvimento e aplicação de modelos analíticos para análise de dispersões atmosféricas de emissões gasosas em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR)quer “investigar e desenvolver uma inovadora solução de base tecnológica de apoio à decisão, que crie modelos de dispersão de poluentes atmosféricos de ETAR”.

Por último, está a ser desenvolvida uma ferramenta de estratega e controlo de gestão, constituída por “várias plataformas de ‘business intelligence’, onde serão criados indicadores de acompanhamento de atividade”.

“Esta plataforma irá permitir monitorizar e analisar, de uma forma abrangente, célere, minuciosa e customizada, vários indicadores de performance do grupo Indaqua, reduzindo o tempo de processamento e permitindo a disponibilização de indicadores em tempo real ou quase real, e aumentando, de forma exponencial, a velocidade e o grau de detalhe que é possível ter com estas análises para apoio à tomada de decisão”.

A empresa tem também recorrido a tecnologias como a inteligência artificial para detetar rapidamente fugas nas redes de abastecimento, reduzindo “de forma muito significativa os níveis de perdas registados nas suas concessões”.

A Indaqua é responsável pela gestão de sistemas municipais ou industriais de abastecimento de água e captação e tratamento de águas residuais de Santo Tirso, Trofa, Santa Maria da Feira, Matosinhos, Vila do Conde e Oliveira de Azeméis.

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