ETAR: a nova DARU

BILANOL/SHUTTERSTOCK

”(...)– Ainda o apanhamos!

– Ainda o apanhamos!

[...]Então para apanhar o americano, os dois amigos romperam a correr desesperadamentepela Rampa de Santos e pelo Aterro, sob a primeira claridade do luar que subia.", Eça de Queirós,Os Maias(1888)

A nova Directiva Europeia de Águas Residuais problematiza uma série de novos obstáculos/metas/desafios, mas não obsta à falta de abertura ou visão da Comissão Europeia que a leva a insistir no alheamento face às situações nacionais com diversas massas de água e diferente disponibilidade financeira para investimentos obrigatórios. O que justifica isto? O ”pecado” da falta de fé na biodiversidade?...

Começámos o texto remetendo para o final de uma das obras mais conhecidas da Literatura portuguesa,Os Maias, e acreditamos que agora, à semelhança do que aconteceucom Carlos e o seu imprescindível amigo, João da Ega, teremos de fazer um real (edelirante?) esforço para vir a cumprir esta nova Directiva respeitante às águas residuais.Também nem tudo foi fácil no tempo de Carlos da Maia: o ”americano” era um veículo detracção animal, com os inconvenientes que daí advinham, servindo algumas – poucas –cidades; os carris, originalmente elevados, potenciavam acidentes na via pública, etc. Umséculo e meio depois, as coisas mudaram, mas continuam a não ser fáceis. E, quem sabe,como alívio de consciência, a Comissão Europeia fez incluir no próprio diploma referênciaàs dificuldades e à realidade multifacetada dos diversos países de modo que, no final da análise do documento, ficamos com uma imagem de reiterada esperança, ecoa-nos uma espécie de slogan: ”É uma oportunidade! Vai ser muito bom, podemos e devemos, pelas melhores razões, voltar a ser um caso de estudo, até porque a Directiva – a que apontámos defeitos/dificuldades – consagra novas preocupações e uma visão integrada de protecção global do sector da água. 

(...)

Editorial completo na Indústria Ambiente nº 149 nov/dez 2024, dedicada ao tema "ETAR: a nova DARU". 
Leonor Amaral

Diretora da Indústria e Ambiente / Professora na FCT-UNL

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