ETAR de Arruda dos Vinhos vai ser remodelada por 4,2ME

  • 20 maio 2022, sexta-feira
  • Água

A Águas do Tejo Atlântico lançou o terceiro concurso público, de 4,2 milhões de euros, para a conceção e remodelação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Arruda dos Vinhos, após os anteriores terem ficado desertos.

Este concurso tem um valor de 4,2 milhões de euros e um prazo de execução de dois anos, depois de consignadas as obras, de acordo com o anúncio do procedimento, que foi lançado este mês.

A empresa já tinha lançado antes dois concursos, um em 2019 e outro em 2020, mas vieram a ficar desertos, obrigando-a a rever o custo da obra, que sobe de 1,9 milhões de euros para 4,2 milhões de euros.

Segundo a empresa, o projeto inclui a melhoria do tratamento existente e a construção de novos equipamentos, nas fases líquida e sólida.

Por vezes, são avistadas manchas brancas ou águas escuras no rio Grande da Pipa, um dos principais afluentes do rio Tejo, e sentidos maus cheiros oriundos do rio pela população.

Em 2020, a Águas do Tejo Atlântico admitiu que chegava à ETAR “uma substancial carga industrial de origem desconhecida que leva à degradação da qualidade de descarga face ao habitual”.

Várias situações foram relatadas aos municípios, ao Ministério do Ambiente e até ao Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR.

O presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, André Rijo, disse à agência Lusa que, desde 2014, tem vindo a trabalhar com a empresa para a “resolução das deficiências da ETAR através da ampliação da sua capacidade de tratamento”.

Em funcionamento desde 2004, a ETAR foi projetada para tratar águas residuais domésticas de oito mil habitantes do concelho, cujo tratamento se mantém “eficaz” para este tipo de efluentes, esclareceu.

Depois de introduzidas alterações no sistema de tratamento, passou em 2014 a receber também efluentes da Zona Industrial das Corredouras, que antes eram descarregados diretamente para a linha de água.

Contudo, ocorrem descargas industriais não controladas, que, por não terem o devido pré-tratamento à chegada à ETAR, diminuem a eficiência do tratamento, explicou a empresa.

O problema levou o município a intervir junto das indústrias locais e a identificar aquelas que são responsáveis por descargas ilegais.

De acordo com o documento publicado em Diário da República, as candidaturas podem ser apresentadas até 12 de agosto e os concorrentes são obrigados a manter as respetivas propostas por 90 dias a contar dessa data.

O prazo de execução do contrato é de 720 dias e os critérios de adjudicação são o preço (40 por cento) e a valia técnica (60 por cento).

Consulte o anúncio em https://files.dre.pt/cp_hora/2022/05/089/415293605.pdf

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