Engenheiro do Ambiente: desafios e futuro da profissão

  • 28 fevereiro 2022, segunda-feira
  • Gestão

Para falar do futuro da profissão tenho de voltar ao passado, e recordar três lições que extraí do curso de Engenharia do Ambiente que, a meu ver, têm um impacto significativo na forma como deveremos encarar o futuro.

A primeira lição veio logo com a primeira aula do curso, corria o ano de 1997. Era apenas uma aula introdutória, destinada a dar o pontapé de saída aos novos alunos, liderada pelo saudoso professor Delgado Domingos. Nessa aula, o professor apresentou-nos um acetato no velho retroprojetor laranja (sim, sou desse tempo), que mostrava o desenho de um pão de forma, cortado às fatias. O professor perguntou o que nós víamos na imagem. Algumas trocas de olhares e risos abafados depois veio a resposta, do fundo da sala: “é um pão de forma”.

O professor riu-se. É verdade: o que nós víamos era um pão de forma. Mas faltava falar do que não se via: água, solo, fertilizantes, biomassa, combustíveis fósseis, eletricidade, plástico, ou seja, um sem número de matérias-primas, recursos, energia, mão-de-obra que haviam sido mobilizados para que o resultado fosse aquele produto. É inegável o impacto que essa primeira aula teve no meu percurso ao longo do curso de Engenharia do Ambiente, pois fez-me perceber de uma maneira simples a extensão do impacto das atividades humanas no sistema natural. (...)

Inês dos Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº132 jan/fev 2022, dedicada ao tema 'Engenheiro do Ambiente: desafios e futuro da profissão'

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