Energuia 2020: novas formas de reabilitar, novas soluções para construir

Se é certo que um edifício, para ter um bom desempenho, precisa de ser bem construído, com materiais de qualidade, também é certo que tudo começa no projeto. É isso que nos diz Mário Sousa no seu artigo, ao recentrar o potencial de sustentabilidade de um edifício na forma como é desenhado e na orientação escolhida.

Depois vem a construção, e com ela a escolha de materiais. Os Resíduos de Construção e Demolição são o maior fluxo de resíduos na Europa, e melhorar estes números passa por incorporar materiais que até há pouco tempo não associávamos à construção. Ana Briga Sá abre-nos esta porta, desvendando o potencial térmico de resíduos têxteis e agroflorestais, que podem integrar materiais de construção.

Ainda nos materiais, sabemos que é pela cobertura que se operam as perdas de calor mais significativas, pelo que um bom isolamento é um fator chave para melhorar o conforto térmico de uma habitação. Paulo Palha propõe o recurso às coberturas verdes, que não só favorecem o isolamento como melhoram a qualidade do ar, explicando como devem ser aplicadas e mantidas.

Independentemente da qualidade do projeto e da construção, o recurso aos equipamentos será sempre indispensável, mas a capacidade de produzir uma parte da energia consumida torna o investimento mais rentável. Cláudio Monteiro explica-nos como tudo isto funciona à luz da nova legislação de autoconsumo.

Também o consumo de água pode beneficiar da escolha de equipamentos mais eficientes, por isso apresentamos algumas medidas, de intervenções na habitação à seleção de dispositivos, que melhoram a eficiência hídrica.

Muitas destas opções serão aplicadas em contexto de reabilitação. Tornar a construção mais sustentável passa definitivamente por reabilitar ao invés de construir de novo, e a Comissão Europeia já se apressou a dar indicações nesse sentido. Portugal tem seguido o mesmo caminho com a legislação produzida de há uns anos a esta parte. O final de 2019 trouxe um novo regime jurídico à reabilitação do edificado. Com o final do período de vigência do Regime Excecional, tornava-se necessário definir regras que perdurassem no tempo e dessem uma atenção redobrada aos padrões de segurança, habitabilidade e conforto. Resumimos, nesta edição, as implicações da nova legislação na Térmica.

O energuia em formato papel pode ser adquirido com o nº121 da revista Indústria e Ambiente

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