Energia passa para a tutela do Ambiente
A remodelação governativa levada a cabo por António Costa implicou uma alteração da orgânica do Ministério do Ambiente, que passa a denominar-se Ministério do Ambiente e da Transição Energética.
O Ministério da Economia, que até agora tutelava a Energia, transita de Manuel Caldeira Cabral para Pedro Siza Vieira, até agora Ministro Adjunto. Quando assumiu este cargo, Siza Vieira pediu escusa da tutela do setor elétrico. O governante havia sido, durante 16 anos, associado da Linklaters LLP, a sociedade de advogados que assessorou a China Three Gorges na OPA sobre o capital social da EDP. Apesar de o vínculo ter sido cortado antes da tomada de posse como ministro-adjunto, as potenciais dúvidas sobre a imparcialidade do ministro levaram Pedro Siza Vieira a tomar esta decisão, o que foi explicado por António Costa em despacho.
Agora, a pasta da Energia passa para a tutela do Ambiente, o que, de acordo com uma nota enviada à agência Lusa e divulgada em vários meios, reflete a “prioridade da transição energética na mitigação das alterações climáticas”.
A Associação Zero, que difundiu um comunicado na sequência desta remodelação, congratulou-se com a alteração, salientando que a energia “é o elemento mais fundamental para a descarbonização da nossa economia num caminho para se atingir primeiro 100% de eletricidade a partir de energias renováveis, depois aproximarmo-nos de um total de energia renovável na energia primária, ao mesmo tempo que se deverá apostar na eficiência energética”.
Os novos secretários de Estado, incluindo o substituto de Jorge Seguro Sanches, tomam posse esta quarta-feira, dia 17.
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