Dicotomia na sustentabilidade?
Apesar de a pergunta ser direta, a resposta não o é. Há uma dicotomia implícita, que gera polarização do assunto, como se as razões para nos preocuparmos com a sustentabilidade ou fossem nobres, relacionadas ao ganho ambiental, ou superficiais, de mera preocupação com a imagem e o ganho reputacional em “ser verde”.
Será mesmo assim? A resposta ao nosso maior desafio da atualidade é uma dicotomia simples?
Comecemos por contextualizar a pergunta. Sustentabilidade é um dos conceitos mais abordados nos dias atuais, e as suas definições podem ser variadas. Como exemplo, citamos a do relatório Brundtland1, que conceitua sustentabilidade como a capacidade de ”Atender às necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades”. Esta definição remete-nos para o futuro das próximas gerações (dos nossos filhos, netos, sobrinhos) de uma sociedade, mas que implica em alterações no modo de produzir e consumir do presente, para que não sejam comprometidos, de forma irreversível, os recursos naturais. (...)
Por Filipa Pantaleão e Alice Khouri, Women in ESG Portugal
Artigo completo na Indústria e Ambiente nº139 mar/abr 2023, dedicada ao tema 'Sustentabilidade: ganho ambiental ou imagem?'
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