Desafios e oportunidades na gestão da água subterrânea no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência
- 01 julho 2022, sexta-feira
- Água
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem como finalidade a reposição do crescimento económico sustentado do país pós pandemia, promovendo a convergência da economia portuguesa em relação à União Europeia. Este programa tem um período de execução até 2026 e está estruturado em três grandes dimensões: resiliência, transição climática e transição digital.
A dimensão da resiliência engloba três prioridades: resiliência económica, resiliência social e resiliência territorial do país, concentrando 67% dos investimentos previstos no PRR nacional, no âmbito do Instrumento de Recuperação e Resiliência.
No que diz respeito aos recursos hídricos, as reformas propostas estão enquadradas na resiliência do território face às alterações climáticas, através de investimentos em “Gestão integrada e circular dos recursos hídricos em situação de escassez”.
Estes investimentos são alvo de reformas específicas, uma vez que priorizam as regiões com maior necessidade de intervenção em Portugal, tendo como base os cenários de alterações climáticas considerados na Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC). Assim sendo, são propostos os seguintes investimentos: o Plano regional de eficiência hídrica do Algarve (200 milhões de euros), o Aproveitamento hidráulico de fins múltiplos do Crato (120 milhões de euros) e o Plano de eficiência e reforço hídrico dos sistemas de abastecimento e regadio da Região Autónoma da Madeira (70 milhões de euros). (...)
Maria Paula Sofio S. Mendes, presidente da Comissão Especializada de Águas Subterrâneas da APRH; investigadora do Centro de Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade, Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento
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