Costa do Marfim lança projeto para travar desflorestação

A Costa do Marfim, que perdeu quase todas as florestas em meio século, lançou um Projeto de Investimento Florestal financiado pelo Banco Mundial para triplicar a cobertura florestal até 2030, anunciou o Ministério da Água e das Florestas.

O Projeto de Investimento Florestal (PIF) visa alcançar uma “cobertura florestal do país de 6,5 milhões de hectares até 2030 ou 20 por cento do território nacional”, de acordo com o Banco Mundial, que o financia na ordem dos 143 milhões de euros.

“Este projeto permitirá, por um lado, preservar e aumentar o património florestal graças a um programa agroflorestal que abrange 300 mil hectares de florestas classificadas degradadas no sudoeste do país e em florestas classificadas na área de Savanes [norte]”, explicou o ministro da Água e Florestas da Costa do Marfim, Laurent Tchagba.

Este projeto de sete anos deverá também beneficiar os quatro parques nacionais do país, incluindo o Taï (oeste), a segunda maior floresta primária em África, que é Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e uma reserva da biosfera.

As delegações do Brasil, Colômbia, Gana, República Dominicana e países produtores de cacau, como a Costa do Marfim, participaram no lançamento deste projeto.

“Estes países vão conceber um guia no qual partilharão experiências em larga escala de associações de cacau e de árvores florestais”, referiu o especialista em gestão de recursos naturais do Banco Mundial, Jean-Dominique Bescond.

A Costa do Marfim, que tinha 16 milhões de hectares de floresta nos anos 1960, viu a área diminuir para dois milhões de hectares, segundo números oficiais, principalmente devido ao desenvolvimento das plantações de cacau, das quais o país é o principal produtor mundial, com 40 por cento do mercado.

As alterações climáticas, as catástrofes naturais, o empobrecimento dos solos e os movimentos populacionais também contribuíram para o desaparecimento das florestas.

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