Assegurada 35 por cento da construção das barragens do Tâmega
A construção de três novas grandes barragens e centrais hidroelétricas, incluindo uma central de armazenamento de bombagem que ficará localizada nos rios Tâmega e Torno, tem já 35 por cento da sua construção assegurada. Até 2023 - decorridos nove anos desde o início das obras - o Sistema Eletroprodutor do Tâmega deverá estar completamente concluído.
O Sistema Eletroprodutor do Tâmega, um projeto da Iberdrola, representa um investimento de 1500 milhões de euros, que inclui a exploração dos Aproveitamentos Hidroelétricos de Gouvães (bombagem), Alto Tâmega e Daivões (turbinação).
A betonagem da barragem de Daivões foi iniciada em abril, com cerca de 242 mil m3 de betão. Esta etapa da obra tem uma duração prevista de aproximadamente um ano, sendo que ficará concluída em 2019.
A par deste processo prosseguem também os trabalhos programados em Gouvães, estando já em desenvolvimento a montagem dos quatro grupos do aproveitamento. Os grupos ficarão alojados numa caverna com um volume equivalente a 25 piscinas olímpicas.
Em comunicado, a Iberdrola explica que esta central será reversível, ou seja, permitirá armazenar água do reservatório de Daivões no reservatório de Gouvães, aproveitando os mais de 650 metros de diferença de altura entre ambas as zonas. Desta forma, a bombagem poderá ser feita quando houver um excesso de produção de energia no sistema, permitindo recuperá-la quando for mais necessária.
O projeto faz parte do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH), tendo a Iberdrola obtido, em 2008, a concessão para planear, construir e explorar as centrais.
Compensação sociocultural
A Iberdrola vai canalizar 50 milhões de euros para projetos culturais e sociais nos sete municípios envolvidos (Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Boticas, Chaves, Montalegre, Valpaços e Cabeceiras de Basto), nomeadamente no desenvolvimento de infraestruturas, instalações desportivas e serviços comunitários.
Em fevereiro de 2017, o presidente da Câmara Municipal de Ribeira de Pena, Rui Vaz Alves, afirmava o empenho do município em manter a atenção ao cumprimento destes objetivos, reforçando a importância de conciliar o desenvolvimento económico com a sustentabilidade e de compensar as populações pelos incómodos causados pela obra.
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